Egípcio mostra cédula inválida do referendo para a nova Constituição. Votação foi criticada pela oposição, que acusa de fraude (Foto: Nasser Nasser/AP) |
Com participação de apenas 32% dos eleitores, egípcios aprovam referendo sobre a nova Constituição do país. A Comissão Eleitoral do Egito anunciou nesta terça-feira (25) o triunfo do "sim", com 63,8% dos votos, no referendo sobre a nova Constituição, três dias depois da realização da segunda fase da consulta popular. Em entrevista coletiva, o presidente da comissão, Samir Abu al Maati, tornou público o resultado definitivo da votação após revisar as denúncias apresentadas por irregularidades, confirmando os dados divulgados no domingo passado pela Irmandade Muçulmana. Maati disse também que a participação no referendo, que foi dividido em duas fases nos últimos dias 15 e 22 de dezembro, foi de apenas 32,9% - participaram pouco mais de 17 milhões de eleitores dos quase 52 milhões de egípcios convocados às urnas.
A Frente de Salvação Nacional (FSN), que aglutina grande parte da oposição não islamita egípcia e rejeita o projeto de Carta Magna, afirmou no domingo passado que houve fraude na votação. A FSN solicitou o "não" no referendo por considerar que a redação da minuta da Constituição esteve monopolizada pelos islamitas e alega que corta direitos e liberdades, além de abrir a porta para uma interpretação islâmica da lei.O presidente da comissão ressaltou que o referendo ocorreu sob supervisão judicial completa, apesar de algumas importantes associações de juízes terem decidido boicotá-lo devido às últimas decisões do presidente egípcio, Mohamed Morsi. Para Maati, as denúncias são "infundadas" e o referendo contou com a presença das organizações da sociedade civil nos colégios eleitorais. Maati também disse que analisaram todas as denúncias de fraude, apesar da "pouca seriedade de algumas delas", e que as acusações de violações foram investigadas pela Procuradoria Geral.
Fonte: Revista Época
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