Entenda as principais diferenças dessas três opções de crédito e escolha a mais vantajosa para você.
Com tanta oferta e variedade de crédito no mercado, às vezes fica difícil saber qual o tipo de empréstimo mais adequado para o nosso objetivo. Muitas vezes, por falta de conhecimento, acabamos deixando passar ótimas oportunidades financeiras. Quer um exemplo? Você sabe a diferença entre financiamento, consórcio e leasing e quando vale a pena contratar cada um desses produtos financeiros?
Muita gente não sabe e, por isso, o Yahoo! convidou especialistas para explicar as principais diferenças e mostrar vantagens e desvantagens de cada uma dessas três opções de crédito oferecidas pelos bancos. Assim, da próxima vez que você for trocar de carro, você não vai aceitar a primeira oferta que encontrar pela frente e saberá escolher a opção financeira mais indicada para você. Confira:
Financiamento:
- O que é?
Um empréstimo direcionado. Você empresta uma quantidade de dinheiro do banco para comprar um bem específico, como um carro ou um imóvel.
- Como funciona?
O dinheiro emprestado cai hoje na sua conta e você vai pagando o valor emprestado, acrescido de juros, dividido em parcelas mensais por um período pré-determinado.
- Qual a taxa de juros?
- Em média, 1,81% ao mês (ou 24,5% ao ano) para a compra de veículos, segundo dados do Banco Central;
- Em média, 0,69% ao mês (ou 8,65% ao ano) para a compra de imóveis, também de acordo com o Banco Central.
- Quais as principais vantagens?
- O bem fica no seu nome desde o primeiro momento. Isso significa que, se a situação apertar, você pode vendê-lo e amortizar ou quitar o financiamento;
- As parcelas podem ser antecipadas ou quitadas em qualquer momento, com desconto nos juros.
- Quais as principais desvantagens?
- Os juros costumam ser um pouco maiores do que no leasing.
- Quando vale a pena?
Quando você tem pressa para comprar o bem e possui um bom valor de entrada, avalia Leonardo Gomes, planejador financeiro pessoal do Minha Vida Financeira.
Consórcio:
- O que é?
Uma poupança coletiva.
- Como funciona?
Você, junto aos demais participantes, paga uma parcela mensal pré-definida de acordo com o valor do bem que você pretende adquirir. Durante o período do consórcio (máximo de 80 meses para veículos e 150 meses para imóveis), os membros do grupo vão sendo sorteados todos os meses para receber o valor total combinado. Além disso, você também pode oferecer lances. Se o seu for o maior daquele mês, você também recebe imediatamente a quantia combinada e segue pagando as parcelas já definidas até quitar todo o valor recebido. Todos os membros serão necessariamente contemplados durante o consórcio, só não há garantia de quando.
- Qual a taxa de juros?
- Não há incidência de juros, mas sim de uma taxa de administração de 15% a 20% do valor total da carta de crédito (o valor que você receberá ao ser contemplado). Essa taxa é diluída nas parcelas: em um consórcio de 36 meses, por exemplo, a taxa de administração mensal deve ficar entre 0,39% e 0,50% (entre 4,78% e 6,17% ao ano);
- Também pode haver a cobrança de um fundo de reserva, para garantir o funcionamento do grupo mesmo quando há inadimplentes. No final do consórcio, se esse fundo não tiver sido utilizado, ele é devolvido proporcionalmente a todos os participantes.
- Quais as principais vantagens?
- Por não cobrar juros, os custos totais do consórcio costumam ser menores do que o de outras modalidades de crédito;
- Possibilidade de ser sorteado e adquirir o bem antes de conseguir o valor total necessário para a compra;
- Funciona como uma poupança forçada.
- Quais as principais desvantagens?
- Você não tem garantia de quando será contemplado;
- Lances muito altos (acima de 50% do valor da carta de crédito) podem tornar a operação mais cara que um financiamento ou um leasing, alerta o planejador financeiro pessoal Leonardo Gomes. Do total que o contemplado receberá, será deduzido o valor do lance que ele ofereceu: para uma carta de crédito de R$ 30 mil, se você fizer um lance de R$ 15 mil, receberá apenas R$ 15 mil. Mas a taxa de administração é fixa, ou seja, não é reduzida proporcionalmente ao seu lance. Logo, mesmo recebendo apenas R$ 15 mil pelo consórcio, você ainda terá que pagar a taxa de administração sobre os R$ 30 mil.
- Quando vale a pena?
- Quando não há pressa para adquirir o bem, já que não dá para ter certeza de quando você será contemplado, aponta Mauro Calil, educador financeiro da Academia do Dinheiro;
- Para quem tem dificuldade de guardar dinheiro, o consórcio funciona como uma poupança forçada, avalia Luiz Krempel, planejador financeiro do Guia Bolso.
Leasing:
- O que é?
Na prática, parece um contrato de aluguel que, em seu término, oferece a opção de aquisição do bem. A diferença é que as parcelas pagas até então não são perdidas: são abatidas do valor total do produto se você quiser comprá-lo.
- Como funciona?
A instituição financeira compra o bem que você escolheu e transfere a você o direito de uso. Ou seja, o bem pertence à instituição (fica inclusive no nome dela), mas você poderá usá-lo enquanto durar o contrato (para veículos, o máximo é de 36 meses), desde que pague as parcelas pré-definidas. Quando esse contrato acabar, você tem a opção de comprar esse bem da instituição, passando-o para o seu nome. Para isso, deverá pagar um valor residual, definido na assinatura do acordo. Caso não queira comprar o bem, terá que devolvê-lo à instituição.
- Qual a taxa de juros?
Em média, 1,43% ao mês (18,7% ao ano), de acordo com dados do Banco Central.
- Quais as principais vantagens?
- Como o bem fica no nome da instituição financeira, os juros cobrados costumam ser menores quando comparados aos financiamentos em nome de pessoa física;
- Não há cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), como ocorre nos financiamentos.
- Quais as principais desvantagens?
- Nos dois primeiros anos de contrato, não é permitido antecipar parcelas. Assim, você fica mais preso a esse tipo de operação do que aos financiamentos, por exemplo, em que é possível amortizar parcelas e, de quebra, ganhar desconto nos juros;
- O bem não fica no seu nome. Assim, não é possível vendê-lo para uma outra pessoa durante o período de leasing e, no caso de inadimplência, a instituição consegue tomar o bem mais rapidamente.
- Quando vale a pena?
- Para quem troca de carro com frequência. As concessionárias podem fazer ofertas atrativas para substituir um leasing por outro de um modelo de veículo mais novo;
- Para empresas (ou taxistas) que trabalhem com frotas, os benefícios fiscais dessa opção podem ser vantajosos, afirma o planejador financeiro pessoal Leonardo Gomes. Como a empresa não é a proprietária do veículo, ele não precisa ser contabilizado no balanço como um ativo (e sim como despesa financeira), reduzindo o Imposto de Renda a pagar.
Veja agora uma simulação comparando o quanto você desembolsaria para comprar um carro ou um imóvel utilizando cada uma dessas três opções de crédito:
Nenhum comentário:
Postar um comentário