quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Imagem da Terra

Nasa divulga imagem da Terra com maior definição já feita


A Nasa (Agência Espacial Americana) divulgou nesta quarta-feira (25) uma imagem da Terra com a mais alta resolução já feita: 8000 por 8000 pixels. A foto, uma nova edição da famosa “Blue Marble” (“Bola de Gude Azul" ou "Mármore Azul", em inglês), foi captada no dia 4 de janeiro pelo satélite de observação Suomi NPP e retrata a América do Norte e América Central. Segundo a Nasa, a “Blue Marble 2012” é a “mais incrível imagem em alta definição da Terra”.
Imagem da Nasa tem 8000 x 8000 pixels. (Foto: NASA/NOAA/GSFC/Suomi NPP/VIIRS/Norman Kuring)Imagem da Nasa tem 8000 x 8000 pixels. (Foto: NASA/NOAA/GSFC/Suomi NPP/VIIRS/Norman Kuring)
A Primeira imagem do tipo foi tirada em 1972 pela Apollo 17 e destaca o continente africano e a Península Arábica. Famosa até hoje, a foto é usada como plano de fundo de produtos da Apple, como iPhones e iPads.

Veja outras imagens da Nasa no Flickr.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Haiti

Reconhecido como ‘país amigo’, Brasil enfrenta o desafio de abrigar milhares de haitianos

  



  A coordenadora de política externa da ONG Conectas Direitos Humanos, Camila Asano, considera que a situação do Haiti é grave e que o Brasil tem responsabilidade sobre o país devastado. “Esse caminho da restrição política migratória preocupa. O limite de concessão de vistos e a ameaça de deportação não é uma prática comum aos países abertos à solidariedade internacional. O Brasil, com essa medida, aproxima-se de países que têm políticas restritivas e são até questionados pelo próprio governo brasileiro, como nações europeias e os Estados Unidos”.
  Por outro lado, o doutor em relações internacionais Ricardo Seitenfus, que já chefiou o escritório da OEA (Organização dos Estados Americanos) no Haiti, discorda que o Brasil tenha fechado a fronteira e garante que a medida é necessária. “O país está exigindo o visto de entrada, não há o fechamento da fronteira. Muitos desses haitianos chegam até aqui por meios ilícitos, numa imigração forçada, clandestina e perigosa. Nos últimos meses aconteceram várias catástrofes com balseiros que tentavam sair daquele país pelo mar do Caribe”, comenta Seitenfus, que afirma que o Brasil deve, inclusive, usar da força pública quando houver desrespeito à legislação. “A percepção pública é de que a missão da ONU é brasileira, mas não podemos recolher todos os refugiados. Esse problema é da humanidade, não do Brasil”, acrescenta.
  Jean Espírito Santo viveu em Porto Príncipe durante um ano (entre 2010 e 2011) como responsável das Relações Institucionais ONG Viva Rio, presente em Porto Príncipe desde 2004, e pôde perceber a proximidade entre os dois países. “Apenas que conhece a realidade do Haiti e sentiu o carinho que eles têm com os brasileiros pode entender que não são apenas os aspectos sócio-econômicos que influenciam a decisão dos haitianos ao escolher o nosso país para viver. No entanto, é natural que o governo tome posições para controlar esse fluxo. Isto é indubitávelmente necessário”, declara.



Reconstrução

  Seitenfus ainda ressalta que o porquê dos haitianos fugirem do seu país e a necessidade de repensar o papel do Brasil na missão de paz da ONU devem ser levadas em consideração. “Dez milhões de haitianos vivem no Haiti, outros quatro milhões vivem em outros países [um milhão apenas na vizinha República Dominicana]. O sistema político e econômico de lá sempre tendeu a expulsar os próprios haitianos e o desemprego beira os 80%. É natural que eles busquem melhores condições de vida. Em todo caso, isso demonstra que uma simples presença de uma operação de paz feita pela Minustah não resolve os problemas do Haiti a fundo, que foram agravados, sobretudo, depois do terromoto”, argumenta.

  Para o doutor em relações internacionais, o Brasil deve insistir em estabelecer um cronograma e prazos para alcançar um consenso em relação à questão haitiana com outros países e propor que o caso saia do Conselho de Segurança da ONU e vá para a Comissão de Consolidação da Paz. “O trabalho no Haiti deve, sim, melhorar o aspecto da segurança, mas, principalmente, reforçar a capacidade sócio-econômica do país”.

Imigrantes ou refugiados?
 Os haitianos que entraram no Brasil são reconhecidos como imigrantes, apesar de uma nova interpretação aceitar os pedidos de refúgio para vítimas de catástrofes naturais ou pessoas em situação de extrema de miséria. “A legislação brasileira prevê apenas refúgio em casos de perseguição política ou violação maciça de direitos humanos. Acredito que, para evitar a entrada de ainda mais haitianos, o governo ignorou o novo tipo de refúgio e resolveu optar pela imigração. Caso aceitasse tratar os haitianos como refugiados, os outros teriam o mesmo direito por enfrentar problemas iguais”, diz o mestre em Direito Internacional e coordenador da Faculdade de Relações Internacionas da FMU, Manuel Nabais da Furriela.
  Após a validade do visto (cinco anos), é possível que os haitianos solicitem residência permanente ou naturalização. Para conseguir nacionalidade brasileira é preciso residência de quatro anos, capacidade civil, ler e escrever em português, boa conduta, emprego fixo ou posse de bens e inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação por crime doloso.


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Textos: ''Uma introdução ao problemático conceito da caridade''

Artigo aborda a caridade e seus usos convenientes pelo capitalismo
Alguém saiu do ônibus vindo, um tanto desengonçado, em minha direção. Sentou-se ao meu lado. Sem problemas, pois em pouco tempo chegaria o ônibus que eu esperava para poder ir à Zona Sul do Rio. Agora, o curioso é que, além de sentar ao lado, o sujeito se aproximou quase que se encostando à minha perna. Comecei a ficar cismado.
Chegou perto a ponto de eu poder escutá-lo, sem que precisasse falar alto ou de gritar. É compreensível, pois a quantidade de carros e obras atrapalha qualquer conversa. Olhando o ilustre desconhecido de rabo de olho, um pouco mais detidamente (sem que ele percebesse), observei que trazia uma bengala na mão. Ora, devia ter alguma dificuldade na visão porque, embora usasse óculos fundos, seus olhos não fixavam num ponto. Concluí que podia enxergar, uma vez que, do contrário, não conseguiria atravessar a rua, saindo de um ônibus, e vir sozinho ao meu encalço. Disfarçando e olhando um pouco mais suas características, percebi que era magro a ponto de os ossos aparecerem; suas veias pareciam querer saltar da pele. Talvez isso fosse até sorte, pois seria mínima a sua preocupação com a moda.

"Percebi que era magro a ponto de os ossos aparecerem; suas veias pareciam querer saltar da pele. Talvez isso fosse até sorte, pois seria mínima a sua preocupação com a moda"

Na curiosa cena, ele, um meu total desconhecido, cruza as pernas e levanta a voz para que eu o escutasse: “chama o 49”. Ofereço um “como?”, apenas para ver se entendi bem. Sem dificuldade e/ou constrangimento, rompe o silêncio, repetindo: “chama o 49”. Fala sem pedir. Indica o que quer, vai direto ao ponto. Diz o que precisa. Não faz propaganda: tranquilo e resolvido. Antes que alguém crie algum sentimento de contrição, por ter dificuldade de visão, digo logo: não era abatido. Era magro, mas nada de fraco. Sabia o que queria. Mais até do que seu ouvinte-observador. Mesmo nos poucos momentos juntos, posso dizer que ele não era um “coitado”. Tanto é que ele me impõe uma função. Também, ao contrário do que o senso comum cristão-ocidental-capitalista incentiva, não buscava a “caridade”. Como me disse nas poucas palavras, queria (apenas) ir ao restaurante popular. Para isso, o 49 deixaria em frente.
Permitam-me ratificar: de fato, não pediu nada. Não queria vintém. Queria apenas a indicação de/para parar o ônibus. Deve ser por isso que pouco disse. Não deu muita bola para minhas palavras lançadas ao ar. Limitou-se a indicar que ia pegar o ônibus para não andar no Sol, indo comer no “popular” – no restaurante popular. Assim, tive de mudar um pouco de direção. Tinha de me preocupar com o bendito 49, para depois pensar em ir ao meu compromisso, para o qual eu já estava atrasado. Tomei para mim a tarefa, contando os ônibus, para ver se o transporte desejado passava. Daí, em alguns minutos (que mais pareciam horas), depois de vários ônibus, vem o desejado 49. Levanto e faço o sinal para o motorista que percebe o alguém na minha companhia, parando o ônibus de que precisávamos (ele precisava, não eu). Assim, sem pedir nada, sem apoiar, sem pedir a mão, seguiu para o ônibus. O máximo que me disse foi um “Feliz Natal”, ao que eu prontamente respondi.
Levando em consideração o trato com este “quase-amigo”, devo confirmar minha inconformidade com as narrativas do gênero. Isso porque, se fosse um discurso ligado ao senso comum dos proponentes cristãos, diria que a mensagem central do relato é de “ajuda ao próximo”. Fatalmente, sobre o prisma assistencialista-cristão, se diria que devemos ser “caridosos” com os outros, fazendo o bem para os “carentes” e “necessitados”. Neste tal senso, é um imperativo ético uma ação/ajuda como a minha. Afinal, “fazer o bem” é o dever dos homens e mulheres. Contudo, confesso que esse foco não me seduz. Esse não é o tom. Isso porque essa falácia esconde detalhes dos jogos sociais implicados por trás da nomenclatura-símbolo: “caridade”.
Sobre e junto a ela argumenta-se que é um valor imprescindível ao cristão. É que o caso do quase-amigo (e também, de todos os casos) bem pouco de substancial promove em termos de melhoras para o outro. Isso porque a “caridade” é um conceito que possibilita ao outro a migalha, um nada da parte daquele que tem. A equação é a seguinte: os que tanto têm normalmente dão algo como “favor”, mantendo a sonegação de todos os direitos que os menos favorecidos têm. Concordando com isso, Michel Lowy1 é um dos que acreditam que o conceito de “caridade”, cunhado pelo complexo de tradições religiosas de traços cristãos, é um conceito importante para a manutenção do modus de vida liberal-capitalista. Por trás dele há a sonegação dos direitos mais básicos da humanidade, em prol de poucos que muito têm.
Anexada à ideia-símbolo de “caridade”, se ambienta a percepção do valor pró-ativo da “ajuda”. Principalmente nas religiões de traços cristãos, é imperativo ser um “ajudador”. Interessante é isso, pois, pensando em direitos humanos, tal título é difícil de ostentar, visto que já nasce caduco. Só seria válido se permitisse ao sujeito (e todos os quase-amigos imagináveis que passam por nós todos os dias) os mesmos direitos que os meus. Que, além de comer também nos restaurantes não-populares, todos pudessem ir e vir, sem precisar anunciar, ainda que nos sussurros, sua gritante necessidade. Assim, não basta apenas buscar “ajudadores”, que sejam cooperativos na ínfima ação de colocar alguém no ônibus, mas sim permitir acessos iguais. Isso sim seria digno de ser chamado de “ajuda”, pois transformaria a situação de meu quase-amigo e de todos os demais. Exigência demais?!

"Hoje, após tal experiência, vejo quão sério é a qualificação da “caridade”. Ela que é carregada como slogan por diversas tradições cristãs responsáveis em aprofundar e ampliar dia- a-dia mais e mais a desigualdade social"

Penso que não, pois, embora admita que sem tal contato pequeno e rápido jamais eu poderia ultrapassar o medíocre mundinho de mim mesmo, olhando mais detidamente para as pessoas e suas questões, vejo que, como eu, elas também merecem a dignidade de uma vida bem melhor. Só pude olhar esse detalhe por que um “quase-amigo” cruzou minha história pela manhã, deixando-me desconcertado. Assim, agradeço a ele por ajudar na aproximação de detalhes pelos quais eu nunca havia adentrado. Hoje, após tal experiência, vejo quão sério é a qualificação da “caridade”. Ela que é carregada como slogan por diversas tradições cristãs responsáveis em aprofundar e ampliar dia a dia mais e mais a desigualdade social – marca do sistema capitalista no qual estamos chafurdados. Ao invés de permitirem mais acessos, como correntemente afirmam, suavemente ajudam a manter um status quo já mundializado, onde há um verdadeiro acinzentamento na percepção de que milhões de sujeit@s, pesso@s, coleg@s, quase-amig@s amig@s têm diariamente suas vidas sonegadas.
Enfim, nessa linha de raciocínio, a “caridade” e seus conceitos afluentes não são um conjunto de idéias restauradoras e dignas da humanidade, mas apenas fazem parte das formas mais belas e dóceis de não se re-ver um sistema onde apenas uns poucos amigos – uma certa elite – se (a)firmam. Atentando para uma lógica de adormecimento para amplos direitos recusados, justamente por conta de um sistema capitalista-cristão, permito-me por hoje pensar em tom de denúncia, já que a estratégia das elites brasileiras e mundiais, ao usarem o conceito de “caridade”, permitiu isso, uma vez que o utilizaram e utilizam apenas para docilizar os corpos e amansar as vidas, com pequenas acomodações, numa farsa forjada para a justificação de um admirável modo de vida “caridoso” do capitalismo globalizado.
1 - Michel Lowy, “Ética católica e o espírito do capitalismo: o capítulo da sociologia da religião de Max Weber que não foi escrito”, Cultura Vozes, Petrópolis: Vozes, v.92, nº01, 1998, p.86-100.
Fábio Py Murta de Almeida é professor de história da Faculdade Batista do Rio de Janeiro (Fabat) e articulador do blog Hyperlink

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Textos: Opinião de Fidel Castro

Fidel Castro adverte que mundo avança para abismo
  O líder cubano Fidel Castro afirmou que o mundo segue para um "inexorável" abismo, já que para ele "graves problemas" como a mudança climática ou o perigo de uma guerra nuclear estão longe de encontrar solução, segundo um artigo publicado na internet.
  "Muitos perigos nos ameaçam, mas dois deles, a guerra nuclear e a mudança climática, são decisivos e ambos estão cada vez mais longe de aproximar-se de uma solução", afirma Castro no artigo "A marcha para o abismo", o primeiro do ano, publicado no portal Cubadebate.
  "Poderia inclusive falar de uma marcha 'inexorável' e estaria certamente mais próximo da realidade", completa o líder comunista, de 85 anos, para quem "as palavras demagógicas, as declarações e os discursos da tirania imposta ao mundo pelos Estados Unidos e seus poderosos e incondicionais aliados, em ambos temas, não admitem a menor dúvida a respeito".

Conhecendo o Mundo Maia


  Os Maias não foram a melhor civilização, mas sua herança cultural em Honduras continua surpreendendo arqueólogos nacionais e estrangeiros por causa da riqueza cultural em pedra da cidade de Copán.
 "Podemos dizer que eles não foram a melhor civilização, também não os denigro. Foram uma civilização muito avançada que pôde medir o tempo, eles surgiram após outras culturas como a olmeca, da qual aprenderam muitas coisas e aperfeiçoaram algumas", disse à Agência Efe o arqueólogo hondurenho Vito Veliz.
  Na sua opinião, "os Maias olhavam o tempo e a vida como uma coisa cíclica e o dia 21 de dezembro de 2012 em seu calendário solar termina um ciclo e começa outro".
 Mas a conta regressiva do último ano do calendário solar maia, de conta longa, que finaliza em 21 de dezembro deste ano, foi interpretada por alguns como a chegada do fim do mundo nessa data. A esse respeito, Veliz diz que "essas premonições somente cabem em gente que faz sua imaginação voar, e algumas pessoas, que não têm informação".

  Veliz, com estudos no Kansas (EUA), ex-gerente do Instituto Hondurenho de Antropologia e História e professor universitário, diz que "os Maias não fizeram nenhum prognóstico sobre isso. Há muita questão imaginativa de gente dizendo que será o fim do mundo, quando o que haverá é o fim de um período. Nada de catástrofes, nem algo parecido".
  Na véspera do início da conta regressiva do calendário maia, o dia 21 de dezembro, Veliz ditou uma conferência em Copán Ruinas sobre o solstício como parte de uma série de atividades educativas, científicas e culturais que se celebrarão até o dia 21 de dezembro de 2012.
  "Segundo apontamentos históricos, a civilização maia se desenvolveu entre cerca de 700 a.C. e 800 d.C., enquanto a olmeca foi muitos anos antes. Os maias aprenderam algumas coisas dos olmecas e as desenvolveram a seu máximo nível", afirma Veliz.

Contagem regressiva
  O relógio eletrônico que está marcando a contagem regressiva do último ano do calendário solar maia, de conta longa, foi ligado pelo presidente hondurenho, Porfirio Lobo, em 21 de dezembro passado no parque arqueológico de Copán Ruinas.
  No ato cultural se desfrutou de um espetáculo artístico de grande colorido, com danças que imitavam as antigas dos maias. Jovens vestidos ao uso dos indígenas maias, com sua pele coberta de cores vivas participaram de representações dramatizadas de jaguares, papagaios e morcegos, figuras que se sobressaem nas esculturas de pedra dessa civilização.
  O governante hondurenho fez um convite "ao mundo inteiro" para que em 2012 venha a Copán Ruinas, não só para compartilhar as jornadas educativas, científicas e culturais que vão acontecer por este motivo, mas também a herança que deixou a civilização maia.
  Copán Ruínas se diferencia de outras cidades do Mundo Maia, integrado por Belize, El Salvador, Guatemala, Honduras e México, porque possui uma impressionante escalinata de hieróglifos, pirâmides, esteiras com finos decorados e altares, entre outros motivos.
  As pirâmides de Copán Ruinas não são monumentais como as da Guatemala e do México, mas sua decoração gravada em pedra é mais vistosa, segundo especialistas.
  "O que hoje vemos é como o início de uma nova era, de paz e de esperança", ressaltou Lobo, aproveitando para enviar uma saudação aos povos e governantes dos países do Mundo Maia.
  Na cerimônia do dia 21 de dezembro em Copán Ruinas crianças e jovens interpretaram danças maias com ares modernos, em um espetáculo iluminado por um fogo em uma bandeja de barro em frente a uma réplica do Altar Q, que mostra a sucessão dos 16 governantes que teve Copán.
  "Este dia é de muito significado para o mundo e para Honduras", enfatizou Lobo, dizendo também que durante o que resta até o dia 21 de dezembro de 2012 no país serão realizadas atividades científicas, acadêmicas e culturais em torno da civilização maia.
  A secretária de Turismo, Nelly Jeréz, diz que o dia 21 de dezembro marcou o começo do solstício de inverno e que países como México, Belize, Guatemala, El Salvador e Honduras, se unem "ao início de uma nova era, de uma contagem regressiva a essa era de prosperidade, de esperança e solidariedade".
  "O mundo não está acabando em 2012 nem nada que se pareça. Voltamos a nos juntar com nossa natureza", ressalta Nelly, convidando nacionais e estrangeiros a percorrerem e conhecerem o mundo maia.
  Copán Ruinas continua sendo um dos lugares de maior interesse turístico de Honduras, localizado no departamento ocidental de Copán, na fronteira com a Guatemala.
  Para aumentar o número de visitantes, as autoridades do país centro-americano têm prevista a construção de um pequeno aeroporto que permita levar turistas de diferentes regiões do país, inclusive os que com frequência chegam em cruzeiros de luxo à ilha caribenha de Roatán.

O tempo
  Nelly disse que em 2012 serão realizados vários eventos importantes como a abertura de entre cinco e seis novas descobertas arqueológicas em Copán Ruinas e conferências magistrais com renomados arqueólogos internacionais. Também se fará a reabertura do Museu Regional de Arqueologia e o público poderá ser testemunha de fenômenos como o apogeu, o solstício e o equinócio.
  Segundo as autoridades hondurenhas de Turismo, o interesse do mundo por Copán está em que o Parque Arqueológico continua sendo o mais estudado por causa do toque artístico refletido em suas esteiras, entre outros motivos.
 O presidente da Câmara de Turismo, Epaminondas Marinakis, lembra que 21 de dezembro marcou "o solstício do inverno e foi o dia mais curto no hemisfério norte, e o mais longo do ano no hemisfério sul".
  Ele acrescenta que 21 de dezembro de 2012 será o final do grande ciclo ou conta longa no calendário maia, "que consiste em três diferentes contas de tempo (de 260 e 365 dias, e a última de 5.125 anos) que transcorrem simultaneamente".
  “Essa medição de tempo, foi predita pelos Maias partindo do ano 3.114 antes de Cristo, embora eles ainda não existissem então”, finaliza Marinakis.

Texto: Racismo no Brasil


Educação e Mídia são as principais responsáveis pela discriminação
   “A educação no Brasil, vem se utilizando de uma prática que forma indivíduos com um nível de cultura preconceituoso, alicerçado a uma visão de mundo que determina que tudo que é diferente, é errado ou inferior, mas nunca de forma igual”. A explicação é da Professora Ceres Santos, da UNEB, quando então convidada como uma das palestrantes para o Curso Jornalismo Cidadania e Diversidade, oferecido pelo Instituto de Mídia Étnica, em parceria com a Faculdade Social da Bahia. Em ocasião do mesmo Curso, outra convidada, a Socióloga Vilma Reis, afirmou, de forma emocionada que “o racismo desumaniza”. Essa afirmação se deu após a socióloga ter exposto, para os presentes, dados oriundos de um relatório, no qual uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, em 2008, revelou que médicos utilizavam menos anestesia em mulheres negras porque tinham aprendido que elas suportavam mais a dor. Essa informação chocou a todos os presentes. Deve chocar também àqueles que não acreditam que existe racismo no Brasil.O Curso mencionado foi dirigido aos alunos do Curso de Jornalismo da Faculdade Social da Bahia (FSBA) tendo como coordenadora a professora da disciplina   Redação I, Lílian Reichert Coelho, e que visava capacitar os futuros profissionais da área de Jornalismo para uma mudança de postura, na forma de abordagem a assuntos relacionados a temas como raça e etnia.    O objetivo do Diretor Executivo do Instituto de Mídia Étnica, Paulo Rogério Nunes, é que fosse um debate constante em todos os Cursos de Comunicação para que, no futuro, tenhamos profissionais mais comprometidos com o fim das desigualdades sociais. E, por que não dizermos, cidadãos também? Existe outra medida ligada à Educação para reverter o quadro de racismo no Brasil. Um dos primeiros atos do Governo Lula, em 09 de Janeiro de 2003, foi o de assinar a Lei 10.639/03, que institui a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileiras, dando início a uma conquista do movimento negro em busca de uma educação igualitária, baseada no respeito mútuo e nas diferenças culturais de nosso País. Para que essa Lei atinja o propósito de acrescentar uma nova cultura e o respeito pela raça negra, é necessário preparar os professores com informações suficientes sobre o tema, pois sabemos que os mesmos foram formados sem essa base histórica. Será necessário também editar novos livros didáticos e reformular as grades de graduação e licenciaturas. A implementação de cursos ou disciplinas nas Faculdades com bases fundamentadas voltadas ao estudo e respeito a estas diversidades étnicas, como é o caso do Curso Jornalismo Cidadania e Diversidade, seria de suma importância na formação de futuros profissionais, principalmente àqueles ligados às Comunicações porque, muitas vezes, são vozes carregadas de preconceito e discriminação. Alicerçada a estas propostas, a Educação não será mais uma disseminadora do preconceito racial, mas sim uma base sólida, fundamentada na conquista para uma igualdade étnico-racial, num País que não deveria ser citado como “verde e amarelo”, mas sim como rico em diversidade étnico-racial e cultural.
Racismo ainda persiste
   Racismo, no Dicionário Aurélio, significa: “Uma doutrina que sustenta a superioridade de certas raças. Preconceito ou discriminação em relação a indivíduo considerado de outra raça”. Portanto, partindo deste conceito, podemos constatar que o racismo é a representação de uma desigualdade étnico-racial que atinge o Brasil de forma vergonhosa e assustadora desde o período colonial. A raça negra foi cruelmente massacrada, humilhada e escravizada com base no racismo. Os livros de história contam detalhadamente os episódios de sofrimento e servidão deste povo, mas não expõem a história da África e do povo negro antes da escravidão. Existe uma grande lacuna a este respeito. Os livros didáticos, na sua grande maioria, dão maior ênfase aos episódios de humilhação e dor ocorridos com os negros no Brasil, mas não relatam as conquistas e como era a vida deste povo, quando em liberdade na África. Vale lembrar que, deste continente, surgiram grandes civilizações. A história desta raça, suas origens, cultura e antepassados, merecem respeito e atenção.A criança negra, na escola, só tem acesso à história de seus antepassados como um povo escravo, humilhado e inferior. Então, é compreensível que queira esconder ou anular suas origens e sua cor. Os colegas de classe dessa criança, pertencentes a outras raças, aprenderão o mesmo conteúdo racista, desencadeando todo um processo de preconceito étnico e racial. Em algumas situações específicas, quando ocorre maior atenção e cuidado familiar, baseados no respeito e igualdade racial, o racismo não vai vigorar, pois a formação familiar, se adequada, contribui de forma valorosa no caráter e moral do ser, sendo uma aliada contra esta má cultura imposta pela educação.As escolas ensinam que os negros foram escravos e que, no dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel do Brasil e o conselheiro Rodrigo Augusto da Silva assinaram a Lei Áurea extinguindo assim, a escravidão no Brasil. Mas, a abolição não ocorreu efetivamente, pois, ainda hoje, o negro é visto como subalterno e de raça inferior. E, a principal semeadora desta cultura preconceituosa, é a educação.

Universidades na Idade Média


Na Idade Média, grande parte das pessoas não sabia ler e escrever. Os servos trabalhavam desde pequenos no campo, com isso não tinham tempo para aprender nem achavam alguma utilidade nisso. Além disso, não existiam escolas para eles. Até alguns nobres eram analfabetos. Para eles, o que interessava era saber cavalgar, vestir uma bela armadura, empunhar armas. Não precisavam ler ou escrever para terem um feudo, conquistar belas damas e se divertirem. Os responsáveis de cuidar das escolas eram os monges e os padres.
Durante o século XIII, as cidades voltaram a ser importantes na Europa. O crescimento das cidades estimulou a vida intelectual. Por esse motivo, esse foi também o século do triunfo de uma nova instituição; a Universidade. Surgiram universidades como as de Bolonha, Oxford e Paris. Tais universidades eram protegidas tanto pela Igreja como pelos grandes senhores feudais. Os cursos ministrados nas universidades eram Medicina, Direito, Teologia e Filosofia. As ciências da natureza não eram muito desenvolvidas, e praticamente só repetiam o que os gregos e os árabes já tinham dito.
Os universitários eram filhos de nobres que vinham de toda Europa. As universidades formavam as pessoas da elite medieval. O método de ensino era denominado de escolástico: os alunos estudavam comentários sobre ele e debatiam. No entanto, nesses debates ninguém questionava o que os grandes autores diziam. A autoridade deles era absoluta. É por isso que, séculos mais tarde, a escolástica foi considerada uma forma de estudo dogmática (bitolada).

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola


Acidentes Geográficos


Acidentes geográficos

Maiores rios, oceanos e desertos do planeta

Veja lista dos acidentes geográficos mais conhecidos do planeta: os maiores oceanos, os mares mais extensos, os maiores rios do mundo, os maiores desertos, as maiores altitudes, as maiores quedas d'água, os lagos mais extensos e as maiores ilhas da Terra.

Maiores acidentes geográficos
Os oceanos *
Área (km2)
Profundidade máx. (m)
Pacífico
179,7 milhões
11.524
Atlântico
106,1 milhões
9.220
Indico
74,9 milhões
9.000
 
Os três mares mais extensos
Área (km2)
Profundidade máx. (m)
Mar da Arábia
3,68 milhões
5.800
Mar da China Meridional
3,45 milhões
5.560
Mar do Caribe
2,75 milhões
7.680
 
Os três maiores rios
Localização **
Extensão (km)
Amazonas
Brasil
6.868
Nilo
Egito
6.671
Xi-Jiang
China
5.800
 
Os três maiores desertos
Localização
Extensão em km2
Saara
Norte da África
8,6 milhões
Gobi
Mongólia e noroeste da China
1,3 milhão
Kalahari
Sudoeste da África
930 mil
 
As maiores altitudes
Localização
Altura (m).
Everest
Nepal/China
8.848
K-2
Paquistão/China
8.611
Kanchenjunga
Nepal/índia
8.598
 
As três maiores quedas d’água
Localização
Altura(m)
Salto Angel
Venezuela
979
Tugela
África do Sul
914
Utigard
Noruega
800
 
Os três lagos mais extensos
Localização
Área (Km2) – Profundidade máx. (m)
Mar Cáspio
Oeste da Ásia
371 mil – 1.025
Superior
EUA/Canadá
84 mil – 406
Victoria
Uganda/Tanzânia/Quênia
68 mil– 73
 
As três maiores ilhas
Área (km2)
Groenlândia
2,18 milhões
Nova Guiné
785 mil
Bornéu
736 mil
 
* Alguns geógrafos consideram o oceano Glacial Ártico (com 14,09 milhões de km não como um oceano, mas como um mar formado pelo oceano Atlântico.A área do Atlãntico mencionada nesta tabela inclui o Ártico.
** Principal país que o rio atravessa.
Fonte: Manual de Redação - Folha de S. Paulo
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