sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Mitt Romney almoça com Obama na Casa Branca

Barack Obama recebeu Mitt Romney na Casa Branca para um almoçoFoto: Pete Souza / White House

Visita foi o primeiro encontro entre o republicano e o democrata depois do debate do dia 22 de outubro. O candidato à Presidência dos Estados Unidos derrotado Mitt Romney passou mais de uma hora na Casa Branca nesta quarta-feira em um almoço com o mandatário Barack Obama, constataram jornalistas da AFP.

Romney saiu de uma picape pouco antes das 12h30min (15h30min de Brasília) e entrou na "West Wing", a ala oeste do edifício executivo, no coração de Washington, de acordo com jornalistas. O candidato derrotado deixou a Casa Branca pouco depois das 13h45min locais sem fazer declarações.

Este almoço, o primeiro encontro entre ambos depois de 22 de outubro, dia do último debate antes das eleições de 6 de novembro, foi realizado no salão privado de Obama, perto do Salão Oval, havia anunciado na quarta-feira o porta-voz da Casa Branca Jay Carney.

O encontro foi fechado à imprensa, mas a Casa Branca prometeu divulgar informações e uma foto oficial.

Em seu discurso de vitória em Chicago, Obama havia manifestado sua vontade de se reunir com Romney. 

— Há aspectos da trajetória de Romney como governador que poderão ser muito úteis — declarou o presidente no dia 14 de novembro. — Romney fez um trabalho excepcional — acrescentou.

Mas o republicano se mostrou menos conciliador após sua derrota. Durante uma entrevista coletiva à imprensa, Romney acusou Obama de ter vencido graças aos "presentes" que oferecidos a certas parcelas do eleitorado, principalmente negros, latinos e jovens.

A chegada de Romney à Casa Branca nesta quinta-feira foi marcada por um incidente, quando um homem tentou investir contra o comboio do ex-governador de Massachusetts, de acordo com a polícia que protege a residência presidencial, que não indicou a motivação da agressão.

Fonte: Zero Hora

O preconceito de cor não tira dia de descanso


ALBERTO CARLOS ALMEIDA é cientista político, autor dos livros A cabeça do brasileiroO dedo na ferida: menos imposto, mais consumoalberto.almeida@institutoana
lise.com.br 

(Foto: reprodução)
Nós, brasileiros, não temos preconceito de raça, mas de cor. Cotas deveriam ser para “pretos” e “pardos”. Não há raça no Brasil e, portanto, não há racismo. No Brasil, há cor e preconceito de cor. Oficialmente nós, brasileiros, somos classificados entre “brancos”, “pretos”, “pardos”, “índios” e “amarelos”. O IBGE pergunta com essas palavras em suas pesquisas. É o que está escrito em nossa certidão de nascimento. A classificação oficial não é assim à toa. Foi debatida, criticada, defendida e aperfeiçoada por décadas. Mudanças importantes ocorreram. Já houve o tempo em que “pardo” não era “pardo”, era “amarelo”.
Ela revela sobre nós, brasileiros, que, diferentemente do que acontece nos Estados Unidos, não nos vemos como raça, mas como cor. O que importa aqui é a cor de pele. Em que pese o esforço do movimento negro para reunir cores diferentes sob a denominação única de “negro”, não é assim que os brasileiros se veem. O Brasil não é EUA. Aqui existe o “preto que, de tão preto, é azul”, existe o “preto desbotado”, existe o “moreno” (que não é “preto”), existe o “sarará” e existem muitas outras cores. Nós, brasileiros, vemos inúmeras variações entre os dois extremos, entre o “branco” e o “preto”.
É difícil para uma sociedade admitir que ela é preconceituosa. E o Brasil é. Há, no Brasil, preconceito de cor contra “pardos” e “pretos”. Admitir isso é o mesmo que se olhar no espelho e ver um pequeno defeito no rosto, algo que venha a ferir sua autoestima por lhe fazer menos bonito do que você imaginava ser. Somos, como sociedade, menos bonitos do que imaginávamos, porque criamos barreira para “pardos” e “pretos” baseada em sua cor de pele.
SEM AMBIGUIDADE
Manifestantes celebram em São Paulo o Dia da Consciência Negra. Tornou-se comum negar o preconceito, dizendo que ele é social. As pesquisas mostram que o negro pobre sofre mais que o branco pobre (Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)
O feriado da semana passada em São Paulo e no Rio de Janeiro foi para celebrar o Dia da Consciência Negra. Estabelecer esse feriado foi uma vitória do movimento negro. O objetivo é marcar a identidade, é mostrar que os negros existem. O dia de descanso faz lembrar que a vida dos não brancos no Brasil é mais difícil que a vida dos brancos. Paramos de trabalhar no feriado, mas o preconceito continuou.Quem duvidar dessa afirmação tem a chance de a ver comprovada em meu livro A cabeça do brasileiro. Por meio de uma pesquisa nacional, foi possível detectar nosso preconceito. Os próprios brasileiros disseram que são preconceituosos, afirmaram que criam barreiras para “pretos” e “pardos”, que tornam a vida deles mais difícil simplesmente por causa de sua cor de pele.
Um argumento frequente nos debates sobre o preconceito de cor no Brasil é a negação da diferença entre raças. Os defensores desse argumento afirmam que não querem ver o Brasil dividido, que todos somos seres humanos e que as raças não existem. Ainda que se admita a existência de raças, eles dizem que isso não deve, nem pode, separar as pessoas.
O argumento falha num aspecto importante: os brasileiros não dão a mínima para raça. Tal conceito não existe em nossa cabeça. Mas a cor é muito importante, e “brancos” são mais bem-vistos que “pretos” e “pardos” em relação a muitos atributos. O mérito do Dia da Consciência Negra é chamar a atenção para a situação dos não brancos no Brasil.
Negar que existam, no Brasil, “brancos”, “pardos” e “pretos” é brigar com a realidade. Eles existem, porque é assim que as pessoas se veem. Percepções desse tipo, arraigadas e cristalizadas, são tão reais e tão fortes como a lei da gravidade. Ninguém escapa de sua influência. 

Nós, brasileiros, não temos preconceito de raça, mas de cor. Cotas deveriam ser para “pretos” e “pardos” 
Negar o preconceito é uma tarefa mais fácil. Temos propensão psicológica a não ver o que é negativo e a salientar nossos aspectos positivos. Nada mais fácil do que dizer para nós mesmos que não temos preconceito de cor e afirmar que o Brasil é uma sociedade generosa e cordial. Essa tarefa se torna ainda mais tranquila quando nos comparamos aos EUA e a sua segregação geográfica entre negros e brancos. Aí mesmo é que reforçamos uma autoimagem positiva.
A política de cotas raciais, como qualquer política pública, tem aspectos benéficos e maléficos. Ela vai contra um valor importante, a meritocracia. Mas assume corretamente que não é possível comparar, em igualdade de condições, “brancos”, “pardos” e “pretos”, porque pessoas de diferentes cores de pele, no Brasil, tiveram trajetórias sociais muito diferentes, que as colocaram em pontos de partida muito desiguais.
O aspecto mais importante da política de cotas é chamar a atenção, no Brasil, para os negros e para as barreiras à melhoria de vida que eles precisam enfrentar, maiores que para os brancos. A política de cotas fez o trabalho sujo de mostrar que há preconceito de cor no Brasil. É isso que mais causa resistência a ela. Ninguém se sente confortável admitindo o racismo de sua própria sociedade.
É preciso admitir que “pardos” e “pretos” serão os principais beneficiários de uma política que chama a atenção para o preconceito de cor. A psicanálise nos ensina que o primeiro passo para combater uma determinada propensão psicológica é tornar-se consciente dela. Isso serve também para as sociedades. Se queremos combater o preconceito de cor, o primeiro passo é nos tornarmos conscientes dele.
Tornou-se comum negar nosso preconceito de cor afirmando que o preconceito é social, contra os pobres. Mais uma vez, os dados da pesquisa publicada em A cabeça do brasileirorevelam que isso não é verdade. Quando um “preto” ou “pardo” da mesma posição social é comparado com um “branco”, é o “branco” quem leva vantagem. Os brasileiros criam menos barreiras para um “branco” que seja mecânico de automóvel do que para um “preto” ou um “pardo” que tenham a mesma profissão.
A primeira reação a essa afirmação é negá-la, mas não foi o que os brasileiros disseram quando questionados acerca disso. Eles disseram, com toda a clareza, que o preconceito de cor cria mais dificuldades para os não brancos pobres do que para os brancos igualmente pobres.
Políticas públicas que ajudem a mostrar que as dificuldades para melhorar de vida são maiores para “pretos” e “pardos” devem ser bem-vindas. Essa é uma razão suficiente para defender as cotas. O melhor é que elas não fossem raciais, sistema que nossa falta de criatividade nos fez copiar dos EUA, mas sim cotas para cores de modo explícito. Nossa ambiguidade nos fez ter três cores para classificar as pessoas. Nossa ambiguidade deveria ser incorporada na política pública das cotas para cores.

Séries Charges (14) - Copa do Brasil de Futebol!


Ranking aponta melhores lugares para se nascer


Lista da Economist Intelligence Unit tem Suíça na primeira colocação e o Brasil em 37º lugar entre 80 países analisados. Suíça, Austrália e Noruega são, nesta ordem, os três melhores países do mundo para se nascer hoje em dia, de acordo com um índice elaborado pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU).
O ranking da EIU põe o Brasil na 37ª posição entre os 80 países analisados - à frente da vizinha Argentina e dos demais países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
A Nigéria é apontada como o pior dos 80 países para se nascer pela EIU, o braço de pesquisas da revista The Economist.
O índice leva em conta 11 variáveis que indicam quais países deverão oferecer em 2030, quando os bebês de 2012 e 2013 chegarão à idade adulta, as melhores oportunidades para uma vida saudável, segura e próspera.
Pequenos em vantagem
A EIU aponta que a maior parte dos primeiros colocados no ranking são economias pequenas. Entre os dez primeiros, que incluem também Suécia, Dinamarca, Cingapura, Nova Zelândia, Holanda, Canadá e Hong Kong, apenas a Austrália, segundo, e o Canadá, nono, são integrantes do G20, o grupo das maiores economias do mundo.
A lista dos dez primeiros traz também apenas um país - a Holanda, oitava do ranking - membro da zona do euro, imersa na crise econômica.
Entre os 12 países latino-americanos analisados, o Brasil é o terceiro colocado, atrás de Chile (23º no ranking geral) e Costa Rica (30º) e à frente de países como México (39º), Argentina (40º), Cuba (empatado em 40º) e Venezuela (44º).
Entre os países do grupo Brics, o Brasil é o mais bem colocado, seguido de China (49º), África do Sul (53º), Índia (66º) e Rússia (72º).
Dos países do G7, grupo que reunia originalmente as sete maiores economias do mundo, o Canadá, na 9ª posição, é o país mais bem colocado no ranking. Alemanha e Estados Unidos vêm a seguir, empatados na 16ª posição, seguidos de Itália (21º), Japão (25º), França (26º) e Grã-Bretanha (27º).
Mudança em 25 anos
O levantamento atual contrasta bastante com outro ranking semelhante elaborado pela EIU em 1988, no qual os Estados Unidos apareciam como o melhor país para se nascer naquele ano.
Os oito primeiros lugares no ranking de 1988 eram todos ocupados pelos países do G7 e por Hong Kong (à época ainda sob controle britânico).
Há 25 anos, o Brasil aparecia na 30ª posição entre 48 países - atrás de Argentina (21º), União Soviética (21º) e Índia (27º), mas à frente de China (32º), Portugal (empatado em 32º) e Alemanha Oriental (36º).
O ranking deste ano foi elaborado com base em questões subjetivas de satisfação e outros fatores mais objetivos de qualidade de vida nos países. A metodologia leva em consideração fatores diversos como geografia, demografia, características sociais e culturais e outros fatores econômicos que dependem das políticas de cada país e da situação da economia mundial.
Os fatores que influenciam os indicadores de qualidade de vida em cada país incluem PIB per capita, expectativa de vida, qualidade de vida familiar, liberdade política, segurança no trabalho, clima, segurança pessoal, qualidade de vida comunitária, qualidade do governo e igualdade de gênero. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Fonte: Estadão

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

2012 deve ser nono ano mais quente da história, alerta ONU na COP18

Entre janeiro e outubro de 2012, a temperatura da superfície da terra e do mar foi, aproximadamente, 0,45 ºC superior à média registrada entre 1961 e 1990

O órgão da ONU só conseguirá confirmar a previsão em março do ano que vem. Próximo a acabar, 2012 é um forte candidato a entrar para a história como o nono ano mais quente, desde que a temperatura da Terra começou a ser medida, em 1850. A previsão é da Organização Meteorológica Mundial (WMO), que divulgou o dado nesta quarta-feira (28), na COP18 de Mudanças Climáticas, que acontece até 07/12 em Doha, no Qatar.
O órgão da ONU só conseguirá confirmar a previsão em março do ano que vem. Por enquanto, o que os cientistas já sabem é que entre janeiro e outubro de 2012 – ou seja, nos dez primeiros meses do ano –, a temperatura da superfície da terra e do mar foi, aproximadamente, 0,45 ºC superior à média registrada entre 1961 e 1990.
Secas, ciclones, enchentes e ondas de calor extremos foram alguns dos impactos causados, em todo o mundo, por conta do aumento da temperatura. Entre as regiões mais afetadas pelo fenômeno está o Hemisfério Norte e, sobretudo, os Estados Unidos, que entre outras tragédias, sofreu com a supertempestade Sandy, afirmou a WMO.
“A mudança climática está bem diante dos nossos olhos e persistirá como resultado da concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera, que cresceu de forma constante e já atingiu um novo recorde. A tendência de aumento de temperatura resultante das atividades do homem é real e foi verificada pela WMO”, disse Michel Jarraud, chefe da base da organização em Genebra, na Suíça.
Como outra consequência grave das mudanças climáticas, o pesquisador destacou o derretimento sem precedentes do gelo do mar Ártico, que atingiu sua menor extensão em setembro deste ano, desde que começou a ser monitorado por satélite.

Séries Charges (13) - Hoje!!


Coliseu "não é eterno" e ganhará cerca de proteção

Partes de sua construção de vez em quando se desprendem (Foto: Reuters)

Roma, 28 nov (EFE).- Um dos monumentos mais famosos e visitados do mundo, o Coliseu romano "não é eterno" e partes de sua construção de vez em quando se desprendem e caem, por isso o monumento será cercado por umas grades sob pequenas colunas de ferro para manter o público longe do anfiteatro e evitar acidentes com pedestres.
A superintendente especial de Bens Arqueológicos, Mariarosaria Barbera referiu em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal "Corriere della Sera", que o Coliseu "é uma construção feita pelo homem, não nasceu para durar eternamente e nós somos responsáveis pelo cuidado e devemos nos preocupar e conservá-lo o melhor possível".
Mariarosaria explicou que a cerca de proteção consistirá em pequenas colunas ligadas por correntes a distâncias diferentes, na parte mais alta a 15 metros, enquanto nas partes mais baixas, 6 e 8 metros.
Trata-se de uma medida contra o risco de destroços cairem e atingirem visitantes, mas também para proteger o monumento.
A superintendente lembrou que o Coliseu foi pichado várias vezes por visitantes que escrevem seus nomes nas pedras milenares.
Além disso, uma lei recentemente aprovada pelo prefeito de Roma, Gianni Alemanno, baixará de 16 para 8 os postos ambulantes de venda de comida e bebida que habitualmente cercam o monumento.
Em julho foi anunciado que os trabalhos de restauração do Coliseu, que reforçarão sua estrutura e mostrarão aos turistas 25% a mais de sua superfície, começariam no início de dezembro, o que ainda não foi confirmado.
O Ministério da Cultura italiano havia previsto para a primavera passada o começo da restauração, mas uma série de polêmicas foram adiando o início das obras, que serão financiadas pela companhia italiana Tod's de cerca de 25 milhões de euros (US$ 30,7 milhões).
A restauração do anfiteatro, que não impedirá que o monumento fique aberto ao público, prevê que se levantem andaimes sobre as primeiras quatro arcadas do monumento durante 915 dias, diferentemente dos 1.095 calculados em um primeiro momento, o que faz com que os trabalhos de restauração se prolonguem durante cerca de dois anos e meio.
O Anfiteatro Flávio ou Coliseu foi erguido entre os anos 72 e 80 d.C. e podia abrigar até 50 mil espectadores durante os jogos de gladiadores e de ferozes que se levavam a cabo em seu interior.
Seu sobrenome provém da monumental estátua do Colosso de Nerón (depois dedicada ao Deus Sol), que ficava nas imediações do anfiteatro.
A inauguração foi realizada com 100 dias e 100 noites de jogos em que se mataram mais de 5 mil animais, mas o festival mais sangrento que o anfiteatro viu foi o que Trajano ofereceu ao povo após sua conquista da Dácia, 117 dias em quais, segundo a tradição, participaram 9 mil gladiadores e 10 mil animais. EFE
Fonte: Yahoo

domingo, 25 de novembro de 2012

Nova York põe fim às medidas de racionamento de gasolina

Nova York põe fim às medidas de racionamento de gasolina

Nova York, 23 nov (EFE).- A cidade de Nova York porá fim amanhã, sábado, às medidas de racionamento de gasolina impostas no início de mês pelos problemas de abastecimento de combustível após a passagem da tempestade 'Sandy' pela cidade.

'O sistema ajudou a resolver o problema das longas filas e agora, depois da 'Black Friday' (como os Estados Unidos denominam o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças), será suspenso a partir de amanhã', disse hoje o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.

Em comunicado de imprensa, o escritório da Prefeitura destacou que atualmente 85% dos postos de gasolina da cidade já estão operacionais, bem diferente dos 25% de postos que estavam abertos há duas semanas.

Bloomberg impôs o racionamento no último dia 9 de novembro e decidiu estendê-lo até depois do feriado de Ação de Graças perante o previsível aumento da demanda em um dos finais de semana de maiores deslocamentos pelas estradas.

A medida sem precedentes fez com que durante duas semanas os nova-iorquinos só pudessem reabastecer o tanque de gasolina em dias pares ou ímpares dependendo do último número da placa de seus veículos.

Para evitar as longas filas de carros nos postos de gasolina nos dias posteriores à passagem de 'Sandy', também foi imposta uma medida similar em Long Island e no vizinho estado de Nova Jersey, mas em ambos casos já haviam sido suspensas.

Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

sábado, 24 de novembro de 2012

Seca afeta safra de cana do Nordeste do Brasil


Por Reese Ewing
SÃO PAULO, 23 Nov (Reuters) - Uma das piores secas em três décadas deve reduzir a safra de cana do Nordeste brasileiro nesta temporada em até 30 por cento em alguma áreas, disseram líderes da indústria na região, que se encontra em meio à moagem.

As regiões Norte e Nordeste do Brasil representam somente cerca de 10 por cento do fornecimento nacional de cana, mas a safra é uma importante fonte de açúcar e etanol no âmbito doméstico, além de exportar na entressafra do centro-sul.

A região, que iniciou a colheita em setembro em Alagoas, tipicamente esmaga a cana para a produção de açúcar e etanol até março, quando o centro-sul inicia a colheita da nova safra. Mas nesta temporada as operações devem terminar mais cedo.

"Não há cana o suficiente, então nós esperamos acabar a moagem em fevereiro", disse Jorge Torres, diretor técnico da Associação da Indústria da Cana (Sindaçúcar) em Alagoas, principal Estado produtor de cana no Nordeste do país.

Torres afirmou que o Nordeste produziria somente 52 milhões de toneladas neste ano, uma queda de 10 a 15 por cento ante o recorde de 62 milhões de toneladas da última safra. O fornecimento do açúcar da região também deve cair seguindo a mesma porcentagem, ante mais de 4 milhões de toneladas da última safra, acrescentou.

Rudson Sarmento, coordenador técnico da Associação de fornecedores de Cana de Alagoas, disse que o Estado veria uma queda de 20 a 25 por cento na produção da cana devido à seca que atingiu as lavouras.

"Nós recebemos somente 30 por cento das chuvas normais neste ano", disse Sarmento.
A produção de cana no segundo maior Estado produtor, Pernambuco, que começa a colheita nas próximas semanas, deve ser ainda pior.

"Essa deve ser a pior safra desde 1982/83", disse Paulo Giovani, vice-presidente técnico da Associação de Fornecedores de Cana de Pernambuco (Afcp).

Segundo Giovanni, a produção de Pernambuco cairia 30 por cento, para 16 milhões de toneladas neste ano.

"Nós vimos uma queda de 40 por cento nas chuvas nesta última temporada e em abril, quando nós aplicamos o fertilizante, estava particularmente seco", ele disse.

A principal lavoura de cana do centro-sul do Brasil, que representa 90 por cento da produção de cana de açúcar do país, está nas semanas finais.

A região deve moer 512 milhões de toneladas de cana, de acordo com a Unica, associação da indústria. Essa seria uma modesta alta ante as 493 milhões de toneladas no ano anterior, quando a produção na região caiu pela primeira vez em uma década.

Fonte: MSN Notícias 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Dólar fecha com maior queda em 3 meses com atuação do BC

O dólar fechou em queda nesta sexta-feira, registrando a maior baixa em quase três meses, por conta da intervenção do Banco Central (BC) que voltou a atuar no mercado quando a moeda americana ultrapassou a barreira de R$ 2,11 nesta sessão. O dólar caiu 0,79%, encerrando a R$ 2,0819 na venda, na maior baixa diária desde o dia 31 de agosto, quando a divisa americana perdeu 0,81% ante o real. Mesmo com o recuo, o dólar manteve-se no maior nível desde o dia 15 de maio de 2009, quando encerrou em R$ 2,109.
Durante a manhã, a moeda atingiu a máxima de R$ 2,1180, após declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o câmbio está "numa condição razoável", mas "não ainda totalmente satisfatória", em uma indicação de que o governo estaria disposto a deixar o real desvalorizar-se em relação ao dólar para dar competitividade à produção nacional.
Logo após o pico de alta, o BC anunciou leilão de swap cambial tradicional - equivalente a venda futura da moeda americana-, levando o dólar a reverter a tendência e chegar a mínima de R$ 2,0815. Na visão de analistas e segundo uma fonte do governo, o objetivo da atuação foi evitar movimentos "artificiais".
"A alta do dólar estava atingindo velocidade e era bem especulativa, nesse caso o BC tinha que atuar. Não havia um motivo sequer para o dólar subir tudo isso. O BC colocou ordem no mercado", disse o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold.
A aparente queda de braço entre Mantega e o BC deixou os investidores se perguntando se as autoridades continuarão mantendo a banda informal de R$ 2 a R$ 2,10, na qual o dólar tem sido negociado desde o começo de julho. "Mais do que olhar para o teto da banda, o BC olhou para a especulação do mercado", acrescentou o operador, que acredita que ser difícil avaliar se há um novo teto para a banda informal.
Na véspera, o presidente do BC, Alexandre Tombini, já tinha afirmado que, se fosse preciso, o órgão poderia intervir no mercado de câmbio para dar liquidez, já que no final do ano é comum ter uma menor oferta de dólares. No entanto, declarações de outras autoridades do governo têm sugerido a disposição do governo de ter um real mais desvalorizado para impulsionar a vacilante indústria brasileira. Além da fala do Mantega nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff também sugeriu no início da semana que o real não estava desvalorizado o suficiente.
Tais declarações, somadas a uma piora do quadro internacional, ajudaram a tirar o dólar de patamar próximo a R$ 2,02 e R$ 2,03 no qual foi negociado por vários meses para perto de R$ 2,10, alimentando especulações no mercado sobre se o BC atuaria para defender o que, até então, era amplamente visto como teto. Na última vez em que o dólar atingiu o nível de R$ 2,10 no intradia, em 28 de junho, a autoridade monetária interveio também por meio de swaps cambiais tradicionais, puxando o dólar para abaixo de R$ 2.
Nesta sessão, no entanto, o dólar já abriu acima de R$ 2,10, descolado da cena externa. No leilão de swap cambial tradicional, o BC vendeu 32.500 contratos da oferta de até 62.800 contratos, que vencem no próximo dia 3, quando expiram 62.800 contratos de swap reverso. "Hoje o BC fez o swap cambial quase na mesma hora em que o Mantega afirmava que o câmbio não está totalmente satisfatório. Não só o mercado está tumultuado como está o governo", destacou Alvaro Bandeira, diretor da Ativa Corretora.
Com a queda desta sessão, a divisa registrou estabilidade na semana. Já no acumulado do mês, o dólar mostra valorização de 2,54% frente ao real, evidenciando uma trajetória de alta consistente, que fez com que a cotação mudasse de patamar para acima de R$ 2,08.
"Acredito que o dólar pode ficar um pouco mais comportado agora e se manter na banda entre R$ 2 e R$ 2,10. Não vejo muitos motivos para que continue a subir, mas há muita incerteza", disse ainda Trabbold.
A sessão desta sexta-feira for marcada pelo baixo volume devido ao fim de semana prolongado nos Estados Unidos pelo feriado do Dia de Ação de Graças. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro nesta sexta-feira ficou em US$ 1,666 bilhão, abaixo da média dos últimos dias de US$ 2 bilhões.

Fonte: Portal Terra

Temperatura da Terra pode subir até 4 graus


Aquecimento deve ocorrer até o fim do século, segundo o Banco Mundial, se o padrão de emissões não for alterado. Um relatório encomendado pelo Banco Mundial alerta para os efeitos de um aquecimento de 4°C na temperatura do planeta até o fim do século. Caso sejam mantidas as emissões nos níveis atuais, ondas de calor, longos períodos de estiagem, enchentes e outros desastres naturais deixariam de ser eventos ocasionais. Segundo o estudo, o cenário para 2100 projeta um aumento de temperaturas de forma desigual - em áreas continentais, a temperatura pode subir até 6°C até meados de 2060. Os picos de calor ocorrerão nos países de maior latitude, mas o maior aumento de temperatura média será nos trópicos, com 15% a 20% a mais de elevação no nível do mar do que o restante do planeta. Secas e ciclones também serão mais frequentes nessas regiões, de acordo com o Instituto Potsdam de Pesquisa de Impacto do Clima (PIK).

Em locais como o Mediterrâneo, o norte da África e o Oriente Médio, quase todos os meses de verão devem ser mais quentes do que as ondas de calor extremo sentidas hoje. Em julho, a região do Mediterrâneo poderá ter temperaturas 9° C mais altas que as atuais.Para o físico Paulo Artaxo, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), os países mais pobres podem sofrer mais. "Países em desenvolvimento, como o Brasil, são mais vulneráveis pela falta de estrutura para lidar com desastres naturais. Além disso, temos áreas em que as temperaturas já são elevadas."
Os pesquisadores estimam que desde o período pré-industrial a temperatura já aumentou em 0,8°C. O estudo, porém, deixa claro que se as medidas de redução de emissões forem tomadas nos próximos meses ainda é possível manter o aumento em 2°C nos próximos 80 anos. "Seria o cenário mais otimista. Não é a tábua da salvação, mas poderia evitar desastres maiores", diz Artaxo.
Agricultura
Estudos da Embrapa Informática, com dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), projetam os danos causados por um aquecimento de 2ºC na agricultura do País.
"Há soluções de adaptação, como manejo diferenciado, modificações genéticas e adubagem correta. Culturas como soja, milho, arroz e feijão sofreriam riscos grandes, enquanto que para cana de açúcar e mandioca haveria aspectos positivos", diz Eduardo Assad, agroclimatologista da Embrapa. As regiões Sul e Nordeste seriam as mais atingidas. 
Fonte: Estadão

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Fontes limpas e renováveis correspondem a 83% da energia

Complexo de energia eólica Cerro Chato: o PAC 2 já investiu R$ 5,8 bilhões no setor de combustíveis renováveis

A expectativa é de que outros 28.022 MW sejam agregados ao sistema a partir da conclusão de obras que já estão em andamento.

Brasília - Desde o início do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, o Brasil aumentou em 4.244 megawats (MW) sua capacidade geradora, com a entrada em operação de 52 empreendimentos. De acordo com balanço do programa divulgado hoje (19) pelo governo federal, 83% (3.525 MW) da energia agregada têm como origem fontes limpas e renováveis. A expectativa é de que outros 28.022 MW sejam agregados ao sistema a partir da conclusão de obras que já estão em andamento.
Parte da geração já agregada tem como origem a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, que tem seis turbinas em funcionamento, gerando 417 MW, e 19 usinas eólicas (UEE), que agregam outros 475 MW ao sistema. Há, ainda, 23 usinas termelétricas gerando 1.711 MW.
Com as 11 hidrelétricas cujas obras estão em andamento, o sistema poderá gerar 18.702 MW a mais de energia. Estão sendo construídas também 28 termelétricas, que vão gerar 6.868 MW, e 87 eólicas com capacidade para gerar 2.291 MW.
Atualmente há 23 linhas de transmissão sendo instaladas, com uma extensão de 10.657 quilômetros. Desde o início do programa, 13 subestações de energias e 17 linhas foram concluídas, totalizando 3.308 quilômetros para a transmissão da energia gerada.
Na área petrolífera, foram assinados contratos para a construção de 21 sondas, a um custo de R$ 29 bilhões. A indústria naval contabiliza a contratação de 228 empreendimentos pelo Programa de Expansão e Modernização da Marinha Mercante. Outros 81 já foram entregues.
O PAC 2 já investiu R$ 5,8 bilhões no setor de combustíveis renováveis, para o escoamento integrado à movimentação de álcool nos estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Nesses investimentos estão incluídas obras de instalação para coleta, armazenamento e transporte por dutos, para permitir a saída da produção por meio de portos marítimos.

OMM alerta para novo recorde de gases de efeito estufa


Os principais gases de efeito estufa causadores do aquecimento do planeta registraram novos máximos em 2011, segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), publicados nesta terça-feira em Genebra.
"Ainda que pudéssemos parar de um dia para o outro as emissões, a concentração atual seguirá tendo efeitos durante séculos" no planeta, declarou em uma coletiva de imprensa Michel Jarraud, secretário-geral da OMM.
As últimas análises da OMM, publicadas em seu Boletim sobre Gases de Efeito Estufa, mostram que as frações de dióxido de carbono (CO2), de metano (CH4) e de óxido nitroso (N20) alcançaram novos máximos em 2011. Estes três gases são os principais causadores do aquecimento do planeta.
O dióxido de carbono, o gás de efeito estufa de origem humana mais importante, é o principal responsável por esta contaminação atmosférica. Sua concentração na atmosfera aumentou no ano passado 2,0 ppm (partes por milhão), quando subiu 2,3 ppm em 2010.
Este aumento é superior à média dos anos 1990 (1,5 ppm), embora corresponda à média dos 10 últimos anos (cerca de 2,9 ppm/ano), escreve a OMM.
Desde o início da era industrial, em 1750, cerca de 375 bilhões de toneladas de carbono foram emitidas na atmosfera na forma de CO2, segundo as estatísticas da OMM.
"Estes bilhões de toneladas de CO2 adicionais em nossa atmosfera ficarão durante séculos e aquecerão ainda mais nosso planeta, e isso terá repercussões em todos os aspectos de vida na terra", declarou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM.
O CO2 é responsável por 85% do aquecimento global registrado nos 10 últimos anos.
Cerca da metade do CO2 permanece na atmosfera e o resto é absorvido por "poços de carbono", ou seja, os oceanos e a biosfera terrestre, como as florestas.
"Até agora, os poços de carbono absorveram cerca da metade do dióxido de carbono que as atividades humanas lançaram na atmosfera, mas a situação ameaça mudar", advertiu o funcionário da OMM.
Agora, "os oceanos têm tendência a se acidificar, devido à absorção do dióxido de carbono", e isto "pode ter importantes repercussões na cadeia alimentar oceânica e nos arrecifes de coral".
As florestas novas retêm o carbono durante menos tempo.
As principais fontes de emissão de CO2 são os combustíveis fósseis e as mudanças no uso das terras, como o desmatamento de florestas tropicais.
Em 2011, a concentração de CO2 no mundo chegou a 390 ppm, 40% a mais que na "época pré-industrial" (280 ppm).
O segundo gás de efeito estufa em importância é o metano (CH4). Sua concentração na atmosfera registrou no ano passado um novo máximo: 1813 ppb (partículas por bilhão), ou seja, "259% de seu nível da era pré-industrial".
A concentração deste gás na atmosfera se estabilizou "antes de aumentar novamente a partir de 2007".
O CH4 é formado nas zonas úmidas e procede em 60% das atividades ligadas ao homem (pecuária, cultivo do arroz, combustão de biomassa, dejetos).
Em relação ao terceiro gás de efeito estufa, o óxido nitroso (N20), sua concentração na atmosfera também registrou um novo recorde em 2011, com um nível de 324,2 ppb, "o que representa uma progressão de 1,0 ppb" em relação a 2010, e um nível de 120% em relação à era pré-industrial.
Em 100 anos, a OMM prevê que o impacto do N20 no clima será "298 vezes superior ao do dióxido de carbono, a emissões iguais".
As emissões de N20 provêm, principalmente, dos oceanos, dos solos, da combustão de biomassa e dos adubos. Este gás desempenha um papel importante na destruição da camada de ozônio que protege o planeta dos raios ultravioletas emitidos pelo sol.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Séries Charges (12) - Impacto Ambiental


Balanço do PAC 2 confirma edital do trem-bala para o dia 26


Ações do PAC 2 atingiram 38,5% das previstas em 4 anos. O quinto balanço da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que mostra que as ações concluídas até setembro correspondem a 38,5% das previstas para o período entre 2011 e 2014, confirma para o próximo dia 26 a publicação do edital para a primeira licitação do trem de alta velocidade que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira (19/11) pelo Ministério do Planejamento.
A data, que sofreu diversos adiamentos, havia sido publicada há algumas semanas no Diário Oficial da União. O balanço do PAC2 também trouxe datas definidas para a publicação dos editais das próximas rodovias que serão licitadas pelo governo. O trecho da BR-116 que corta Minas Gerais terá o edital publicado no dia 30 deste mês, com leilão até o dia 20 de dezembro. Já a BR-040, entre Brasília e Juiz de Fora, terá o edital publicado até 21 de dezembro, com o leilão previsto para até 31 de janeiro de 2013.
O valor total das obras finalizadas no PAC 2 atingiu R$ 272,7 bilhões, resultado 82% superior ao mesmo período do ano passado. A execução global do programa alcançou 40,4% do investimento previsto até 2014. Até setembro deste ano, o PAC 2 aplicou R$ 385,9 bilhões em obras de infraestrutura logística, social e urbana, cifra 19% maior do que a obtida em junho deste ano e 26% acima do que em igual intervalo de 2011.
Os recursos investidos com o Orçamento-Geral da União chegaram a R$ 26,6 bilhões, 28% mais do que um ano atrás. Os valores reservados para o pagamento de ações em andamento tiveram aumento de 66% sobre 2011, somando R$ 29,5 bilhões.
O texto diz ainda que o desempenho negativo da economia mundial tem afetado a economia brasileira por diferentes canais de transmissão, mas que  o Brasil possui excelentes fundamentos econômicos para enfrentar a situação sem sobressaltos ou crise doméstica.
O texto declara ainda que a desaceleração mundial e a sólida posição fiscal do Brasil contribuem para um quadro benigno para a inflação. Esse fator, aliado a mudanças institucionais (como alteração das regras da poupança para novos depósitos), permitiu a continuidade da redução da Selic, que chegou a mínimos históricos, de 7,25% ao ano, sem comprometer o cumprimento da meta de inflação.
Para o Planejamento, o País entrou em um novo ciclo de expansão em meados deste ano, com reflexo nas elevadas taxas de crescimento de diversos indicadores da atividade econômica no terceiro trimestre. Apesar disso, as economias mais avançadas continuam em uma fase de baixo crescimento que deve persistir por um período prolongado, completa texto. O balanço indica ainda que a China também apresentou desaceleração no ano, mas espera reação e um crescimento mais significativo em 2013.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Classe média cresceu a níveis inéditos na América Latina, diz Banco Mundial

Vista panorâmica do populoso bairro de Petare, ao leste de Carácas. Foto: Juan Barreto/AFP

WASHINGTON (AFP) – A classe média na América Latina aumentou a níveis recordes entre 2003 e 2009, até chegar a constituir um inédito 30% da população, segundo um relatório do Banco Mundial (BM), divulgado nesta terça-feira 13.
Nesse período, a classe média aumentou em 50%, passando de 103 milhões de pessoas para 152 milhões, o que tem ajudado a reverter a realidade vigente por décadas de setores majoritariamente pobres na região.
Atualmente, pobres e classe média representam cada um 30% da população, enquanto que os ricos são 2% e o 38% restante são catalogados pelo BM como classe média baixa, um setor vulnerável com uma alta probabilidade de cair na pobreza.
Em 1995, 45% da população era pobre, 20% era classe média e 33% estava no setor vulnerável.
“A maior parte dos países da região deu grandes passos no sentido de reduzir a pobreza e essas nações estão encaminhadas para converterem-se em sociedades de classe media, o que representa uma mudança estrutural histórica”, disse o presidente do BM, Jim Yong Kim, na apresentação do relatório.
A América Latina continua sendo uma das regiões mais desiguais do mundo, mas é uma das poucas ou a única onde a desigualdade está caindo”, disse Augusto de la Torre, economista-chefe para América Latina do Banco.
O aumento da classe média – pessoas que ganham entre 10 e 50 dólares por dia – implica no crescimento de fatores econômicos importantes, como o aumento do crédito e nos gastos, segundo o Banco.
A evolução da classe média foi impulsionada pelo aumento da renda (o PIB per capita da região cresceu a uma taxa anual de 2,2% na década de 2000) e também por uma melhor distribuição da renda.
Os países que mais tem contribuído para o aumento da classe média têm sido o Brasil, que representa 40% do crescimento total, Colômbia e México.
Atualmente, a proporção da classe média é maior em Uruguai, Brasil, Chile, Argentina e Costa Rica, e é menor em El Salvador, Bolívia, Honduras, Equador e República Dominicana.
A região mostra uma considerável mobilidade econômica ascendente: “Ao menos 43% de todos os habitantes da América Latina mudaram de classe social entre meados dos anos noventa e final dos anos 2000″, diz o relatório.
Contudo, tal mobilidade não é homogênea em todo o continente e tem sido muito maior em países como Brasil e Chile que na Guatemala ou no Paraguai, por exemplo, e seu nível continua sendo inferior ao de outras regiões do globo, disse o BM.
Um dos fatores primordiais para estimular a mobilidade social é o acesso à educação.
“Contudo, os antecedentes familiares constituem um fator determinante mais importante da aprendizagem dos alunos na América Latina que em outras regiões”, disse o relatório, que enfatiza o fato de que na região os alunos de famílias mais ricas se concentram em melhores colégios, que excluem aos menos privilegiados.
O BM fez um “retrato” da pessoa típica da classe média: “é um trabalhador do setor de serviços, razoavelmente educado, empregado por uma empresa privada com um contrato formal”.
O número de membros médio da família de classe média também diminui de tamanho, passando de 3,3 em 1992 para 2,9 em 2009. O estudo também evidencia o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho.
Leia mais em AFP Movel.

Ataques a Gaza geram crise entre Israel e Egito

Palestinos olham ferragens do carro onde estava Ahmed Jabari. O líder das Brigadas de Ezedin al-Qassam, braço militar do Hamas, foi morto em um ataque aéreo israelense nesta quarta-feira. (Foto: AP Photo/Adel Hana)

O embaixador egípcio em Tel Aviv, Atef Mohamed Salem, foi convocado pelo presidente Mohamed Morsi para retornar ao Cairo, depois que Israel negou um pedido egípcio de reunião com o embaixador israelense no país. 

A série de ataques de israelenses à Faixa de Gaza, em que um importante líder do grupo palestino Hamas foi assassinado, provocou uma crise entre os governos do Egito e de Israel. O Egito decidiu convocar de volta o seu embaixador em Tel Aviv, Atef Mohamed Salem. A decisão, tomada pelo presidente Mohamed Morsi, ocorre depois de o governo egípcio não ser atendido em seu pedido de se reunir com o embaixador israelense no Cairo, Yaacov Amitai. Morsi queria explicações do representante de Israel sobre os ataques militares à Faixa de Gaza, que deixaram oito palestinos mortos e pelo menos 50 feridos na manhã de quarta-feira (14). O principal alvo era Ahmed Jabari, líder das Brigadas de Ezedin al-Qassam, braço armado do grupo Hamas. Ele morreu após seu carro ser destruído por um míssil disparado por um avião da Força Aérea israelense. Em um tweet divulgado pela assessoria das Forças de Defesa de Israel, o recado de que a política de ataques ao grupo radical palestino continuará foi claro: "Nós recomendamos que nenhum agente do Hamas, seja de baixo escalão ou da cúpula, ponha os pés para fora de sua casa nos próximos dias".

As primeiras informações diziam que o embaixador israelense também fora convocado a voltar para seu país. O governo de Israel disse que ele já não estava no Cairo antes do ataque a Gaza. Segundo o jornal Ahram, um funcionário do aeroporto da capital egípcia viu Amitai no saguão do terminal, acompanhado de outros diplomatas.

Os ataques desta quarta-feira foram os mais incisivos de Israel contra Gaza desde que o Egito passou a ser governado por Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana, em substituição ao ditador Hosni Mubarak, que mantinha uma boa relação com o governo israelense. A tensão entre os dois países vem aumentando desde agosto, quando tanques egípcios ocuparam o norte da Península do Sinai - região desmilitarizada na fronteira do Egito com Gaza. A paz entre isralenses e egípcios, selada nos acordos de Camp David em 1978, é encarada como um dos principais fatores de estabilidade da região. O governo de Israel diz ter decidido bombardear a Faixa de Gaza depois que dezenas de mísseis foram lançados de Gaza contra o território israelense. Segundo o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, a operação contra o Hamas no território palestino está apenas no começo.
Confira o Video no Site: Revista Época

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