quarta-feira, 31 de julho de 2013

Game Designer? Saiba que profissão é essa


 Você sabe o que é um Projetista de games, ou game designer?
 
O Yahoo! Educação ouviu um dos maiores especialistas em Projetos de Games no Brasil, João Marcelo Beraldo, que explica para nós que profissão é essa:
  
Já trabalho há mais de 10 anos fazendo isso, mas aposto que nem minha família tem certeza do que é que eu faço. “Tem alguma coisa a ver como joguinho” é a resposta mais provável vindo dela. Dica: chamar jogo de “joguinho” para um game designer é o mesmo que dizer que um escritor fez um “livrinho”, um cineasta fez um “filminho”, um engenheiro civil fez uma “casinha”, etc.

Há cerca de 2 anos comecei a prestar serviço freelancer como game designer e vez ou outra tenho clientes que não são da área. São agências de publicidade e equipes de produção de conteúdo educacional (seja para escolas ou para empresas) que começaram a entrar na área dos advergames e jogos educativos. A confusão sobre o papel de game designer persiste também entre eles.

O game designer é a pessoa responsável por bolar o jogo e garantir que ele seja divertido. Ele não é o artista nem o programador, apesar de ser comum o game designer vir dessas áreas. Eu mesmo trabalhei como ilustrador e designer gráfico por anos antes de virar game designer ‘de verdade’ e, nessa época, acabei aprendendo alguma coisa ou outra sobre programação.

E aí está o truque: é obrigação do game designer saber um pouco de tudo.

Em discussões com colegas da área já surgiu muito a discussão sobre o que define um bom game designer. Já entrevistei vários, já contratei alguns. Invariavelmente o sujeito precisa mostrar paixão pelo que faz e, acima de tudo, empatia. O game designer não faz o jogo para ele, faz para os outros. É essencial entender um pouco sobre o porque das pessoas gostam de certos jogos. Eu não tenho o menor saco para World of Warcraft, mas se 8 milhões de pessoas pagavam $15 por mês para jogá-lo era minha obrigação como game designer entender o porquê.

A empatia é importante também para o próprio desenvolvimento do projeto. Você precisa saber falar a língua do artista e do programador e, dependendo do tamanho do projeto, da diretoria da empresa e da equipe de marketing. Você precisa saber explicar o que precisa ser feito e vender seu peixe para públicos diferentes.

“Mas, oh Beraldo, então o game designer é um vendedor?”

De certa forma, sim. Mas é um vendedor que cria seu próprio produto. É um vendedor que defende com unhas e dentes não o produto, mas a experiência que pretende proporcionar ao consumidor final.

“E você fica jogando o dia todo?”

Não. Adoraria, mas ultimamente tenho tido cada vez menos tempo para jogar, e a pilha de jogos comprados e intocados só cresce. Mas jogamos para aprender mais, sim. Um game designer precisa saber o que está sendo feito pela concorrência e deve absorver novos métodos de desenvolvimento do mesmo jeito que um biólogo lê artigos científicos ou um historiador lê livros acadêmicos e participa de eventos. Enquanto o jogador vê pontos de experiência, vitórias e medalhas, o game designer vê mecânicas, ciclos e técnicas narrativas. Depois que você vira game designer jamais verá um jogo com os mesmos olhos. Você se diverte, sim, mas é como se estivesse constantemente olhando as engrenagens sob o capô do carro. 
  
Esse conhecimento precisa virar algo. É adubo para o cérebro. Desta pesquisa devem surgir novas ideias, novas soluções, novas mecânicas. Daí vêm os conceitos de jogos, as propostas, os protótipos e, finalmente, os jogos em si. Ser game designer significa escrever muito, mas não necessariamente roteiros de ficção (apesar de que, no meu caso, faço muito disso). Significa escrever um manual técnico de como o jogo deve funcionar, manual esse que serve de base para toda a equipe (e, muitas vezes, para parceiros externos, como forma de convencê-los a financiar a sua ideia). 

Isso é um resumo, claro. Talvez volte ao assunto mais para frente, explicando o processo de desenvolvimento de um jogo e dando exemplos. Mas, quem sabe, por enquanto esse artigo ajudou a esclarecer para muita gente o que diabos eu faço para ganhar a vida? E, da próxima vez que você pensar em chamar jogo de "joguinho", lembre-se que um "joguinho de celular" chamado Angry Birds gerou 70 milhões de dólares para uma (então) pequena empresa da Finlândia.

Fonte: Yahoo

Financiamento, consórcio ou leasing: o que vale mais a pena?

Entenda as principais diferenças dessas três opções de crédito e escolha a mais vantajosa para você.

Com tanta oferta e variedade de crédito no mercado, às vezes fica difícil saber qual o tipo de empréstimo mais adequado para o nosso objetivo. Muitas vezes, por falta de conhecimento, acabamos deixando passar ótimas oportunidades financeiras. Quer um exemplo? Você sabe a diferença entre financiamento, consórcio e leasing e quando vale a pena contratar cada um desses produtos financeiros?
Muita gente não sabe e, por isso, o Yahoo! convidou especialistas para explicar as principais diferenças e mostrar vantagens e desvantagens de cada uma dessas três opções de crédito oferecidas pelos bancos. Assim, da próxima vez que você for trocar de carro, você não vai aceitar a primeira oferta que encontrar pela frente e saberá escolher a opção financeira mais indicada para você. Confira:
Financiamento:
  • O que é?
Um empréstimo direcionado. Você empresta uma quantidade de dinheiro do banco para comprar um bem específico, como um carro ou um imóvel.
  • Como funciona?
O dinheiro emprestado cai hoje na sua conta e você vai pagando o valor emprestado, acrescido de juros, dividido em parcelas mensais por um período pré-determinado.
  • Qual a taxa de juros?
- Em média, 1,81% ao mês (ou 24,5% ao ano) para a compra de veículos, segundo dados do Banco Central;
- Em média, 0,69% ao mês (ou 8,65% ao ano) para a compra de imóveis, também de acordo com o Banco Central.
  • Quais as principais vantagens?
- O bem fica no seu nome desde o primeiro momento. Isso significa que, se a situação apertar, você pode vendê-lo e amortizar ou quitar o financiamento;
- As parcelas podem ser antecipadas ou quitadas em qualquer momento, com desconto nos juros.
  • Quais as principais desvantagens?
- Os juros costumam ser um pouco maiores do que no leasing.
  • Quando vale a pena?
Quando você tem pressa para comprar o bem e possui um bom valor de entrada, avalia Leonardo Gomes, planejador financeiro pessoal do Minha Vida Financeira.
Consórcio:
  • O que é?
Uma poupança coletiva.
  • Como funciona?
Você, junto aos demais participantes, paga uma parcela mensal pré-definida de acordo com o valor do bem que você pretende adquirir. Durante o período do consórcio (máximo de 80 meses para veículos e 150 meses para imóveis), os membros do grupo vão sendo sorteados todos os meses para receber o valor total combinado. Além disso, você também pode oferecer lances. Se o seu for o maior daquele mês, você também recebe imediatamente a quantia combinada e segue pagando as parcelas já definidas até quitar todo o valor recebido. Todos os membros serão necessariamente contemplados durante o consórcio, só não há garantia de quando.
  • Qual a taxa de juros?
- Não há incidência de juros, mas sim de uma taxa de administração de 15% a 20% do valor total da carta de crédito (o valor que você receberá ao ser contemplado). Essa taxa é diluída nas parcelas: em um consórcio de 36 meses, por exemplo, a taxa de administração mensal deve ficar entre 0,39% e 0,50% (entre 4,78% e 6,17% ao ano);
- Também pode haver a cobrança de um fundo de reserva, para garantir o funcionamento do grupo mesmo quando há inadimplentes. No final do consórcio, se esse fundo não tiver sido utilizado, ele é devolvido proporcionalmente a todos os participantes.
  • Quais as principais vantagens?
- Por não cobrar juros, os custos totais do consórcio costumam ser menores do que o de outras modalidades de crédito;
- Possibilidade de ser sorteado e adquirir o bem antes de conseguir o valor total necessário para a compra;
- Funciona como uma poupança forçada.
  • Quais as principais desvantagens?
- Você não tem garantia de quando será contemplado;
- Lances muito altos (acima de 50% do valor da carta de crédito) podem tornar a operação mais cara que um financiamento ou um leasing, alerta o planejador financeiro pessoal Leonardo Gomes. Do total que o contemplado receberá, será deduzido o valor do lance que ele ofereceu: para uma carta de crédito de R$ 30 mil, se você fizer um lance de R$ 15 mil, receberá apenas R$ 15 mil. Mas a taxa de administração é fixa, ou seja, não é reduzida proporcionalmente ao seu lance. Logo, mesmo recebendo apenas R$ 15 mil pelo consórcio, você ainda terá que pagar a taxa de administração sobre os R$ 30 mil.
  • Quando vale a pena?
- Quando não há pressa para adquirir o bem, já que não dá para ter certeza de quando você será contemplado, aponta Mauro Calil, educador financeiro da Academia do Dinheiro;
- Para quem tem dificuldade de guardar dinheiro, o consórcio funciona como uma poupança forçada, avalia Luiz Krempel, planejador financeiro do Guia Bolso.
Leasing:
  • O que é?
Na prática, parece um contrato de aluguel que, em seu término, oferece a opção de aquisição do bem. A diferença é que as parcelas pagas até então não são perdidas: são abatidas do valor total do produto se você quiser comprá-lo.
  • Como funciona?
A instituição financeira compra o bem que você escolheu e transfere a você o direito de uso. Ou seja, o bem pertence à instituição (fica inclusive no nome dela), mas você poderá usá-lo enquanto durar o contrato (para veículos, o máximo é de 36 meses), desde que pague as parcelas pré-definidas. Quando esse contrato acabar, você tem a opção de comprar esse bem da instituição, passando-o para o seu nome. Para isso, deverá pagar um valor residual, definido na assinatura do acordo. Caso não queira comprar o bem, terá que devolvê-lo à instituição.
  • Qual a taxa de juros?
Em média, 1,43% ao mês (18,7% ao ano), de acordo com dados do Banco Central.
  • Quais as principais vantagens?
- Como o bem fica no nome da instituição financeira, os juros cobrados costumam ser menores quando comparados aos financiamentos em nome de pessoa física;
- Não há cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), como ocorre nos financiamentos.
  • Quais as principais desvantagens?
- Nos dois primeiros anos de contrato, não é permitido antecipar parcelas. Assim, você fica mais preso a esse tipo de operação do que aos financiamentos, por exemplo, em que é possível amortizar parcelas e, de quebra, ganhar desconto nos juros;
- O bem não fica no seu nome. Assim, não é possível vendê-lo para uma outra pessoa durante o período de leasing e, no caso de inadimplência, a instituição consegue tomar o bem mais rapidamente.
  • Quando vale a pena?
- Para quem troca de carro com frequência. As concessionárias podem fazer ofertas atrativas para substituir um leasing por outro de um modelo de veículo mais novo;
- Para empresas (ou taxistas) que trabalhem com frotas, os benefícios fiscais dessa opção podem ser vantajosos, afirma o planejador financeiro pessoal Leonardo Gomes. Como a empresa não é a proprietária do veículo, ele não precisa ser contabilizado no balanço como um ativo (e sim como despesa financeira), reduzindo o Imposto de Renda a pagar.
Veja agora uma simulação comparando o quanto você desembolsaria para comprar um carro ou um imóvel utilizando cada uma dessas três opções de crédito:

terça-feira, 30 de julho de 2013

Desktop, notebook ou tablet - qual a melhor opção?

Na dúvida se compra um desktop, notebook ou tablet? Nosso guia de compras indica a melhor escolha.

Segundo a consultoria IDC, a venda de tablets no mundo em 2013 deve superar o total de vendas de notebooks, com mais de 229 milhões de unidades vendidas. E em 2015, a previsão é que sejam vendidos mais tablets que computadores de mesa e notebooks juntos. Portanto, se você está pensando em adquirir um novo equipamento, este é o momento para aproveitar e escolher exatamente o que precisa. Os fabricantes e revendedores de desktop e notebook estão atentos para não perder consumidores para estes dispositivos.

Desktop

O desktop, ou computador de mesa, geralmente tem formato de torre, monitor, teclado e mouse separados. Perderam espaço para os notebooks nos últimos anos, mas ainda assim tem preços mais acessíveis. São preferência em empresas, e também entre os entusiastas de games. Dependem de uma mesa ou escrivaninha para serem instalados, mas no momento de um upgrade (atualização de componentes) apresentam opções mais simples e baratas de itens como memória, disco rígido (HD), e outros. Ideal para tarefas que exigem maior poder de processamento, como edição de imagens e vídeos. Costumam ser mais confortáveis de se usar, conforme a posição do conjunto monitor - teclado - mouse. Modelos chamados "tudo em um" integram os componentes no próprio monitor.
Desktop com processador Celeron e 500GB de HD
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Desktop com processador i3 e 500GB de HD
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Desktop com processador i5 e 1TB de HD
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Notebook
Esta é a melhor escolha se você precisa de mobilidade sem abrir mão de um teclado físico, mousepad ou leitor de CD's e DVD's. Também conhecidos como laptops, seus preços estão a cada dia mais acessíveis, passando por modelos para o uso diário, mais portáteis, até modelos com telas maiores e teclado numérico integrado. As baterias atuais já duram bastante para quando não há uma tomada por perto. Modelos com maior capacidade de processamento, como os ultrabooks, ou para games, costumam ser mais caros que os computadores de mesa. A maioria dos modelos conta com câmera de vídeo integrada (webcam) e microfone, facilitando o bate-papo online.
Notebook com processador Celeron e 500 GB de HD - tela de 14"
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Notebook com processador i5 e 1TB de HD - tela de 15"
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Ultrabook com processador i7 e 500 GB de HD - tela de 14"
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Tablet
O mais portátil das três opções, é prático e rápido para acessar a internet, ler e responder e-mails, ler um livro ou revista. Contam com aplicativos para os mais diversos fins e recursos multimídia para músicas, vídeos e fotos. O uso para trabalhos maiores pode ser pouco confortável, mesmo com um teclado externo. Alguns modelos contam com porta USB, mas a maioria depende de um computador para transferir conteúdo. Conectam-se à internet por redes Wi-fi ou 3G (celular).
Tablet iOS 7,9" 16 GB Wi-fi
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Tablet Android 7" 16 GB Wi-fi e 3G
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Tablet Android 10.1" 16GB Wi-fi
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Fonte: Finanças

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Chevrolet Agile e Renault Clio vão mal no Latin NCAP

Modelos fabricados fora, mas vendidos no Brasil, não obtiveram nenhuma estrela na segurança para adultos

O Programa de Avaliação de Carros Novos da América Latina (Latin NCAP) divulgou na última quarta-feira (25) os resultados de testes de colisão feitos com seis carros, mas não há modelos fabricados no Brasil. Contudo, dois modelos testados são comercializados em território nacional: Chevrolet Agile e Renault Clio. Ambos não obtiveram nenhuma estrela na segurança para adultos.
 
De acordo com os testes, os automóveis com pior desempenho e  que não obtiveram nenhuma estrela foram o Nissan Tsuru (Sentra B13), o Renault Clio Mio, o Suzuki Alto K10 e o Chevrolet Agile. O instituto concluiu que estes modelos “acarretam risco a motoristas e passageiros e não cumprem com as mínimas regulamentações de segurança”.
 
O Renault Clio teve a estrutura de seu habitáculo classificada como “instável” nos testes de colisão. As forças sofridas pelas cabeças dos dummies foram inaceitavelmente altas, por isso obteve zero estrela e zero ponto quanto à segurança do adulto. A proteção do passageiro infantil também apresentou problemas. Quanto à segurança infantil, obteve apenas duas estrelas por causa do fraco desempenho nos testes dinâmicos e pouca compatibilidade para a cadeirinha infantil.
 
Chevrolet Agile também recebeu uma qualificação de zero estrela. Os dummies passageiros registraram esforços elevados no teste de impacto; resultado da instável estrutura do habitáculo do carro, expondo-se a área dos pés do motorista a maiores riscos. De acordo com o instituto, “as forças sobre a cabeça do motorista foram inaceitavelmente altas”. 

domingo, 28 de julho de 2013

Carta a um estudante

Caro K,
Peço desculpas por ter escolhido esse momento para publicar a sua história. Você foi um dos primeiros em quem pensei quando comecei a reunir os retratos e perfis que compõem esse blog. Trocamos mensagens sobre a rotina insana que você se impôs para aproveitar todas as oportunidades do último ano de ensino médio, sobre as injustiças na correção da sua redação no Enem, sobre os projetos que ajudou a desenvolver na escola e agora ganham reconhecimento até da Secretaria Estadual de Educação.
A sua força para, aos 17 anos, questionar e subverter os limites das salas de aula da periferia paulistana já eram o suficiente para lançar seu retrato ao mundo. Fui surpreendida na nossa última troca de mensagens, quando você contou que “cedeu à pressão” e começou a vender trabalhos escolares para ganhar dinheiro.
O pedido de desculpas é porque, devido à natureza clandestina dessa nova atividade, sua identidade não poderá ser revelada neste texto. E você merecia um retrato completo: com nome, sobrenome e foto. Assim como o porta-retratos na cabeceira da sua mãe deveria enquadrar uma foto do filho vestido com a beca de formatura, e não aquela montagem tosca que o fotógrafo da escola lhe deu, com uma propaganda impressa sobre o seu rosto para lhe convencer a pagar R$ 200.
O mercado de trabalhos escolares, em que seu serviço vale entre 20 e 50 reais, pode não ser novidade na sua escola, mas é uma guinada na sua trajetória. Justo você, que não tem preguiça de ficar até as quatro horas da manhã estudando para uma prova e que se orgulha de manter uma boa relação com os professores mais dedicados. Será esse o valor do seu esforço? Não tem medo de pensar como eles reagiriam se descobrissem?
Aí você explicou que há anos resistia às ofertas dos colegas, só mudou de ideia graças a um professor. Um “cara show de bola” que te contou como honrou as mensalidades da faculdade de sociologia vendendo TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso), e de quebra ainda comprou um videogame. Aí ele te ganhou. Fazer uma boa faculdade e jogar videogame parecem ser as suas obsessões neste ano.
Ana Aranha questiona jovem de 17 anos por 'mudar de lado'
Enquanto ainda teclávamos pelo Facebook, perguntei se não tinha crise de consciência. Você respondeu: “Me pego perguntando se é certo, ou não. ‘Alguém se sente prejudicado?’ A resposta é: ‘Não’. Então, tá tudo certo.”
Será que tá certo? Um jovem que estuda na rede pública pela manhã, atravessa a cidade para fazer estágio à tarde, volta correndo para o ensino técnico à noite e que está disposto a perder os sábados no curso de inglês não deveria ter uma fonte de renda menos clandestina?
Entendi quando você explicou porque desistiu do estágio. O salário de 320 reais (que ainda levava uma mordida de cem reais com transporte) não compensava as quatro horas diárias de trabalho mais outras quatro de deslocamento. Ainda se fosse para fazer algo interessante, mas você tem razão: carregar caixas e tirar xerox não vai contribuir para seu projeto de fazer uma universidade e se formar em jornalismo ou políticas públicas.
Na entrevista, você elaborou melhor a decisão: “Não tenho nada a perder, eu estudo mais e ganho dinheiro. Tenho que estabelecer minhas prioridades, melhorar a escola não é mais uma delas”.
Não devemos julgar a sua lógica pragmática (ou “fria e rígida”, como você a define), só você sabe das dificuldades que enfrenta. Mas suspeito que, com essa decisão, você tem sim algo a perder. Você pode estar abandonando algo valioso, combustível para a vida toda e um conceito fundamental para as profissões que aspira: a vontade de mudar o mundo.
Apesar das frustrações com tudo de errado que vivia na escola (falta de professores, aulas improvisadas, funcionários agressivos, direção refém do tráfico), você acreditou que poderia melhorar aquele espaço. Engajou-se em projetos, ajudou quem tinha dificuldade, denunciou problemas. Para fazer o que achava certo, enfrentou resistências dos colegas e até da direção. Em que momento isso perdeu o valor?
Durante a entrevista, você falou sobre um sentimento que lhe pega profundamente: “Não gosto quando me fazem de bobo”. Disse isso ao contar que, no estágio, um funcionário tomava café enquanto você empurrava caixas pesadas – função que, depois você descobriu, era dele. Usou a mesma expressão quando lembrou do domingo de dia das mães em que, aos 12 anos, foi vender flores frescas no farol para comprar flores de plástico para a sua mãe. Observou os outros meninos embolsando o dinheiro da dona do negócio, refastelando-se em coxinhas, enquanto você resistia à fome. No final, foi quem mais trabalhou e menos recebeu.
A cada vez que se via nesse papel, ficava contrariado e aprendia a “ficar esperto”, como diz. Talvez seja mesmo esse o ensinamento que a vida lhe passou. “Se até o professor faz, por que eu não?”. Aprendizado que se anuncia no topo da sua página no Facebook: “Não se pode sobreviver sendo o mocinho”.
Você cresce em condições impossíveis, ninguém pode julga-lo pelo caminho que encontrou para conquistar seu projeto. Mas será que “ficar esperto” é mesmo um ensinamento importante? Será isso “amadurecer” no Brasil?
Com essa carta-retrato, faço um convite para refletir sobre essas questões e contar sobre a sua decisão do seu ponto de vista. O espaço está aberto para a sua resposta.
A resposta do estudante “K” será publicado neste blog na segunda-feira dia 29.

'Perdemos para isso?', pergunta jornal de Chicago sobre escolha do Rio para sediar Olimpíadas

RIO - "Perdemos para isso?" era a manchete desta quarta-feira do jornal americano "Chicago Sun-Times", em letras garrafais sobre uma foto dos protestos no Leblon no último dia 17. Chicago também disputou, em 2009, as Olimpíadas de 2016, que o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu entregar ao Rio. Lá dentro, o título é "Hora de um arrependimento olímpico". Neil Steinberg, colunista do jornal, faz uma "carta" ao COI perguntando se este já se arrependeu da decisão de realizar as Olimpíadas no Rio. Isso porque, lembra, a entidade poderia estar agora preparando os Jogos em Chicago.
Steinberg reconhece que Chicago tem seus problemas. "Ruas de alguns bairros varridas por tiroteios todos os fins de semana. Aposentadorias prestes a quebrar o governo local. Professores demitidos aos milhares." Ele diz ainda que, se Chicago tivesse levado as Olimpíadas, haveria muitas reclamações sobre "sediar uma megafesta para a elite do esporte mundial".
Mas, ressalta o colunista do "Sun-Times", não haveria coquetéis molotov nem policiais militares disparando bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. "Aposto que nossa população não iria se sublevar contra as Olimpíadas como está ocorrendo no Brasil, que também está aborrecido com o fato de sediar a Copa do Mundo em 2014."
Steinberg acrescenta que Chicago foi uma das cidades-sede da Copa de 1994, sem percalços. "Nossa cidade sabe como fazer isso". Mas ressalta que faltam três anos para os Jogos e que os protestos podem acabar. "Torcemos para que seja assim".
Ele diz não ter mágoa com o COI, mas duvida que Chicago queira "passar por tudo de novo para conseguir suas Olimpíadas bobas". "Agora podemos sentar e ver o Brasil tentar administrar os Jogos, o que pode ser mais divertido que sediá-los." E conclui: "Vocês podiam ter o ouro, mas se contentaram com o bronze."

sábado, 27 de julho de 2013

Um ideólogo do Femen é agredido em Kiev

Um homem apresentado como o "consultor político" do grupo Femen, Viktor Sviatski, revelou nesta quinta-feira ter sido violentamente agredido perto da sede da organização em Kiev, um ato denunciado como uma intimidação na véspera de uma visita de Vladimir Putin.
"Eles me cercaram, gritaram frases como 'agora é você, as meninas serão as próximas', e é tudo o que consigo me lembrar", declarou Viktor à televisão ucraniana. "Acredito que fui atingido na cabeça", acrescentou.


Mais cedo, o movimento Femen relatou em seu site a agressão. "Viktor foi levado ao hospital com o rosto destruído, com uma possível fratura no maxilar, dentes quebrados e com bastante sangue perdido", indicou em um comunicado.
Segundo uma das líderes do movimento, Anna Goutsol, Viktor Sviatski foi agredido por dois homens desconhecidos. O Femen suspeita dos serviços especiais ucranianos, russos ou bielorrussos de estarem por trás do ataque.
O movimento revelou que outros de seus membros foram ameaçados contra qualquer ação de protesto por ocasião da visita de Putin. O Femen, fundado na Ucrânia, realiza há vários anos ações em todo o mundo para denunciar principalmente o sexismo e as discriminações sofridas pelas mulheres.
O grupo também manifesta contra a homofobia, a relação entre o Estado e a Igreja, os regimes autoritários e fraudes eleitorais, geralmente em topless.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ao batizar seu filho de George, Kate e William optam pela tradição

O nome George faz parte de uma longa linhagem real. (Foto: AFP)
Kate e William respeitaram a tradição nesta quarta-feira ao batizar seu filho de George, em uma escolha para agradar a rainha Elizabeth II, os historiadores e os apostadores.
"O duque e a duquesa de Cambridge têm o prazer de anunciar que chamarão seu filho de George Alexander Louis", indicou o Palácio no final da tarde, acrescentando que "o bebê será conhecido pelo nome de Sua Alteza Real Príncipe George de Cambridge".
Garantia de continuidade para a monarquia, segundo os historiadores, o nome George faz parte de uma longa linhagem real.
Se um dia chegar ao trono e decidir conservar seu nome, o recém-nascido, terceiro na linha sucessória ao trono, será o sétimo George a reinar.
George I, de origem alemã, foi o primeiro representante da Casa de Hanover coroado rei da Inglaterra e da Irlanda em 1714.
George VI, falecido em 1952, era o pai da atual soberana Elizabeth II. Seu nome era Albert e era chamado de "Bertie" em família. George era na realidade apenas seu quarto nome.
Santo padroeiro da Inglaterra, George é considerado um símbolo de honra e bravura, sem deixar de representar uma certa modernidade. Muito utilizado no início do século XX, o nome continua entre os vinte mais populares do Reino Unido.
Já Louis é uma homenagem a Louis Mountbatten, último vice-rei da Índia britânica, morto em um atentado do IRA em 1979.
Quanto a Alexander, o cronista real da BBC acreditava que fosse o nome preferido de Kate. Alexandra é o segundo nome da rainha Elizabeth. Era também o primeiro da imperatriz que reinou com o nome de Victoria.George era o nome mais cotado nas casas de apostas após o nascimento do bebê real. Aliás, os apostadores foram certeiros, já que os cinco nomes favoritos eram, na ordem, George, James, Alexander, Richard e Louis.Como de costume, vários George virão ao mundo nas maternidades britânicas nos próximos meses.
O suspense em torno do nome do príncipe de Cambridge durou "apenas" 48 horas. Foram necessários uma semana para a revelação do nome de William, nascido em 1982, e um mês para o de seu pai, o príncipe Charles, nascido em 1948.
Kate e William comunicaram sua escolha algumas horas depois de chegarem a Bucklebury, a casa dos parentes de Kate, onde eles devem passar os próximos dias. Depois de ter apresentado seu filho ao mundo na terça-feira, o jovem casal passou sua primeira noite no palácio londrino de Kensington, onde recebeu a visita da rainha.
Sem a companhia do seu marido, o príncipe Philip, que se recupera de uma cirurgia no abdômen, a rainha, que deve sair de férias em breve para o norte da Escócia, deixou o palácio apenas meia hora depois. Esse encontro histórico foi o primeiro em 120 anos entre um monarca no poder e o aquele que será o terceiro a sucedê-lo. Na última vez em que isso aconteceu, em 1894, houve o encontro entre a rainha Victoria e seu tataraneto, o futuro Edward VIII. Pippa Middleton, a irmã de Kate, e o príncipe Harry, irmão de William, que caiu para a quarta posição na linha sucessória ao trono com a chegada do bebê real, também compareceram ao palácio para felicitar os pais.
A duquesa havia anunciado o seu desejo de passar suas primeiras semanas de maternidade com seus pais na mansão de Bucklebury, em Berkshire, 80 km a oeste de Londres.É nesta casa confortável, onde o casal já havia passado os últimos dias antes do nascimento, que Kate e William querem "conhecer mais o seu filho, com calma", segundo um porta-voz do palácio.Fontes reais indicaram que Kate ainda não manifestou a vontade de recorrer a uma babá. Ela terá a ajuda de sua mãe Carole em suas novas tarefas.

Fonte: Yahoo Mulher

Papa Francisco diz aos jovens que dinheiro e poder não garantem felicidade

Rio de Janeiro, 25 jul (EFE).- O papa Francisco pediu nesta quinta-feira aos jovens católicos que "ponham Cristo em suas vidas" e que tenham atenção perante a tentação de acreditar que podem construir sozinhos suas vidas.
"Mas não é assim. O dinheiro e o poder podem oferecer um momento de embriaguez, a ilusão de ser felizes, mas, no final, nos dominam e nos levam a querer ter cada vez mais, a não estar nunca satisfeitos. Ponham Cristo em sua vida", disse Francisco perante centenas de milhares de jovens de 190 países que lhe deram as boas-vindas oficiais à 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Francisco exortou os jovens a ter fé e a pôr Cristo em suas vidas, pedindo que não se frustrem. O Papa assegurou que a fé realiza na vida dos homens uma revolução "copérnica, porque nos tira do centro e põe nele a Deus. A fé é revolucionária".
"A fé nos inunda de seu amor, nos dá segurança, força, esperança. Aparentemente não muda nada, mas, no mais profundo de nós mesmos, tudo muda. Em nosso coração habita a paz, a doçura, a ternura, o entusiasmo, a serenidade e a alegria, que são frutos do Espírito Santo e nossa existência se transforma, nosso modo de pensar e de agir se renova, se transforma no modo de pensar e de agir de Jesus, de Deus", precisou.
O Bispo de Roma também persuadiu os jovens a não terem medo de pedir perdão a Deus. "Ele não se cansa nunca de nos perdoar, como um pai que nos ama. Deus é pura misericórdia!".
"Jesus nos espera, Ele conta conosco", concluiu. EFE
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