sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Leilão da infraestrutura do trem-bala será em 2014

Os 500 quilômetros de extensão da via serão fatiados para que vários grupos fiquem responsáveis pelos trechos a serem construídos.
Operadores da Alemanha, França, Espanha, Coreia do Sul e Japão estão dentro das condições exigidas pelo governo(Haruyoshi Yamaguchi/Bloomberg/Getty Images)
O leilão que escolherá os concessionários que cuidarão da construção e manutenção da infraestrutura do trem-bala entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro ocorrerá no início de 2014, afirmou nesta sexta-feira o presidente da estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo.
Segundo ele, o governo quer a participação ampla de construtoras estrangeiras na segunda etapa do leilão. "Queremos garantir o menor custo da construção e ter um processo competitivo", disse Figueiredo. O presidente da EPL disse que não vê obstáculos para entrada de empreiteiras do exterior para disputar a obra, mas salientou que, se for necessário criar condições para atraí-las, o governo vai trabalhar no assunto.
Para aumentar a competição e agilizar a obra, o leilão deverá ser fatiado, de modo que um único grupo não fique responsável por toda a via, que terá cerca de 500 quilômetros de extensão. "Isso dá mais velocidade à obra e reduz o risco de contratação", disse Figueiredo.
Na quinta-feira, o governo publicou a minuta do edital da primeira etapa do leilão do trem-bala que escolherá a tecnologia e o operador do sistema. Esse primeiro leilão está marcado para 29 de maio de 2013. Para a escolha do operador do trem-bala, o governo incluiu algumas exigências qualitativas como a necessidade desse operador já atuar há pelo menos 10 anos com o serviço de transporte de alta velocidade e não ter sido responsabilizado nesse período por nenhum acidente fatal em suas linhas.
Segundo Figueiredo, operadores da Alemanha, França, Espanha, Coreia do Sul e Japão estão dentro das condições exigidas pelo governo. O prazo máximo para a construção do trem-bala, segundo a minuta de edital, é 2020. Mas Figueiredo disse que a meta do governo é ter a obra pronta em 2018.
O presidente da EPL disse ainda que ao longo do mês de setembro o governo fará os anúncios dos planos de investimentos para os portos e aeroportos. "O plano para aeroportos não será apenas para os grandes, mas para o conjunto, incluindo grandes, médios e regionais", disse em entrevista a agências internacionais em Brasília.
Na semana passada, o governo anunciou um plano de investimentos em rodovias e ferrovias que, por meio de concessões e Parcerias Público-Privadas (PPP), deverá gerar investimentos de 133 bilhões de reais.
A estatal EPL foi criada pelo governo para planejar a integração dos modais logísticos e acompanhar a execução e a gestão dos projetos previstos no plano logístico. A empresa poderá ser sócia dos empreendimentos. No caso do trem-bala, a EPL terá 10 por cento de participação.
(Com Reuters)

Angola imita a China e também cria cidade fantasma novinha em folha — cabem lá meio milhão de pessoas, mas não tem ninguém

A cidade de Kilamba, projetada para 500 mil habitantes: 3,5 bilhões de dólares de gastos, e praticamente sem moradores (Foto: m.publico.pt)

Com a crise financeira, as atenções do mundo neste aspecto estão invariavelmente voltadas para as enormes dificuldades da Europa, o papel central jogado pela China ou se é firme e vai continuar a recuperação do gigante norte-americano.
Pouca, pouquíssima gente presta atenção em Angola, a ex-colônia que Portugal sugou durante cinco séculos, até 1975, e que desde sua independência até 2002 esteve envolta numa guerra civil que reduziu o país a escombros.
Pois bem, Angola, país de 1,2 milhão de quiômetros quadrados e 18 milhões de habitantes, está literalmente explodindo de crescimento. E a dinheirama proveniente do petróleo — é um dos 20 maiores produtores mundiais, com quase 2 milhões de barris diários — nem sempre está sendo bem gasta. Vejam o caso da cidade de Kilamba, a 30 quilômetros da capital, Luanda, construída para abrigar meio milhão de pessoas mas na qual só vivem… algumas centenas de habitantes!
Kilamba vista de outro ângulo: o preço dos apartamentos os torna inacessíveis à maioria esmagadora da população (Foto: m.publico.pt)
Posta em pé em menos de três anos com dinheiro público pelo governo corrupto do ditador José Eduardo dos Santos, foi programada para abrigar mais de 20 mil apartamentos, numa primeira fase, e cinco mil casas populares. Seus imóveis, porém, que custam entre 150 mil e 200 mil dólares, são inacessíveis para a esmagadora maioria da população, que vive com entre 2 e 3 dólares por dia.
Erguida pela estatal chinesa China International Trust and Investment Corporation a um custo de 3,5 bilhões de dólares, Kilamba é uma cidade fantasma — tais como tantas que existem na própria China, já mostradas pelo blog.
Ruas e avenidas, meio-fios, iluminação pública, sinais de trânsito -- mas nada de movimento (Foto: bbc.com)
Com 750 edifícios já prontinhos, a maioria de oito andares, dotados de acesso à internet e ar condicionado, Kilamba possui 24 creches, nove escolas primárias, oito secundárias e cinquenta quilómetros de vias de acesso, ruas e avenidas — mas não tem gente. Nas ruas, praticamente não há carros, nem caminhões, nem ônibus.
O presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, lança a pedra fundamental das 5 mil casas "sociais" que pretende
entregar em Kilanga (Foto: jaimagens.com)
A abundância de petróleo permite que o governo de José Eduardo dos Santos, ex-dirigente comunista transformado em entusiasta do capitalismo de Estado, possa apresentar números de crescimento rigorosamente espantosos: do ano 2000 – ainda com a guerra civil em curso – até o ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu a uma inacreditável média de 11,52% anuais.
A partir de 2005, já sobre uma economia mais sólida e com o país parcialmente reconstruído, o PIB bateu por duas vezes o índice de 20%!!! O prognóstico para este ano, com boa parte do mundo desenvolvido em recessão ou estagnado, é de que cresça 8%.
A economia vai bem, o povo nem tanto, e a verdade dos fatos muito menos. O vídeo abaixo mostra uma Kilanga que não existe, repleta de gente feliz, com as escolas cheias de alunos etc etc. Segundo a BBC de Londres, os supostos moradores mostrados são atores contratados.



domingo, 19 de agosto de 2012

México vive dia sangrento com morte de pelo menos 22 pessoas


México, 18 ago (EFE).- Pelo menos 22 pessoas morreram neste sábado no México em diferentes fatos violentos ao longo do país, informaram fontes oficiais.
No estado de Morelos, no centro do país, quatro mulheres foram encontradas mortas esta madrugada, informou em comunicado a Procuradoria Geral de Justiça do estado.
Na estrada México-Acapulco os corpos de três mulheres seminuas e amarradas foram encontradas na pista, com lesões produzidas por arma de fogo.
Além disso, no município de Tepoztlán outra mulher foi achada morta com um tiro na cabeça. Além disso, mais duas mulheres mais morreram no estado de Sinaloa, oeste do México.
No estado de Michoacán, oito homens foram assassinados a tiros por supostos bandidos a serviço do narcotráfico.
A onda de violência suscitada pelo confronto entre organizações criminosas e destas com as forças de segurança em várias regiões do país causou nos últimos seis anos mais de 50 mil mortos. EFE
pem-mad/ma
Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

Croácia: Hospitalidade, beleza natural, história e arquitetura preservada

Um extenso litoral e cidades preservadas fazem da Crácia um destino em expansão. Sua oferta cultural é rica e diversificada, com cidades preservadas, monumentos e patrimônio classificado pela UNESCO. Com a vantagem de ainda não registrar a invasão turística que acontece nas principais cidades da Europa. Confira:
Dubrovnik - Imagine um grande desenvolvimento no centro de uma cidade que você cruza a pé em 10 minutos. E é exatamente isso que atrai os turistas todos os anos: o centro reservado de Dubrovnik em toda a sua glória medieval de pedras e com o azul transparente do Adriático bem em frente. Fica difícil entender agora, mas de cada três prédios de Dubrovnik, dois foram destruídos no bombardeio de 1991, durante a guerra da Iugoslávia. Nem mesmo os pubs de expatriados, os sinais de abandono dos escritos medievais, ou as feiosas luminárias da Stradun, a rua principal, conseguem ofuscar o trabalho insano da equipe que faz essa impecável restauração. Mais sobre Dubrovnik: www.timeout.com.br/viagem/dubrovnik
Pula - Principal cidade de Ístria, a península que separa a Croácia da Itália, Pula é rica em história romana. O maior evento artístico da cidade, o Festival de Cinema de Pula, acontece no anfiteatro romano maravilhosamente preservado, ao norte do centro da cidade, onde também são feitos shows de rock e concertos clássicos durante o verão. Mais sobre Pula: www.timeout.com.br/viagem/pula
Rijeka - A cidade está agindo rápido para recuperar o status internacional que tinha durante o domínio dos Habsburgos. Num projeto de 10 anos, o Gateway vai construir estradas e ferrovias para interligar a cidade à sua antiga capital, Budapeste, além de modernizar o porto, hoje já equipado com bares e cafés bacanas. Novo destino barato via aérea e sede da empresa croata de balsas, a Jadrolinija, é de Rijeka que parte o transporte para os balneários na costa do Adriático. Mais sobre Rijeka: www.timeout.com.br/viagem/rijeka
Split - O foco da cidade está em torno do calçadão com palmeiras às margens do Adriático, do Riva, e em torno do palácio romano Diocleciano. Esse enorme complexo retangular caiu em desuso no século 6º, 300 anos após ter sido concluído. Desde então, os habitantes de Split ganham a vida com dificuldade em suas incontáveis alcovas e becos. Hoje, seus muros de dois metros de largura escondem inúmeras lojas, bares e escritórios. As crianças jogam futebol sob os pesados varais de roupas, os gatos perambulam pelos becos escuros e as vibrantes músicas dalmacianas são ouvidas das ruas. Andar sem rumo pelo palácio é algo inesquecível. Os quatro portões guardam as entradas principais: Ouro, Prata, Ferro e Bronze. Mais sobre Split: www.timeout.com.br/viagem/split
Zadar - O porto de Zadar, ao norte da Dalmácia, não é um dos destinos mais conhecidos da costa da Croácia. Mas isso está prestes a mudar. A casa noturna The Garden, patrocinada pela banda inglesa UB40, traz DJs internacionais importantes, criando assim um festival de música dançante no verão; ali perto, o sofisticado centro artístico Arsenal também ajuda a promover a cidade. Mais sobre Zadar: www.timeout.com.br/viagem/zadar
Zagreb - A capital da Croácia exala o poder dos Habsburgos: o padrão geométrico das ruas, preenchido com espaços verdes e grandes prédios das instituições nacionais, políticas e culturais. O principal marco da cidade é a catedral (Kaptol 31), uma construção neogótica de torres gêmeas na praça principal, a trg bana Josipa Jelacica. Todas as atrações estão por perto – pode-se ir a pé ou de bonde. Mais sobre Zagreb: www.timeout.com.br/viagem/zagreb


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O sal e a terra

Na depressão de Afar, na África, tribos pastoras e mercadores de sal sobrevivem em uma paisagem sulrreal   de fissuras, falhas e um lago de lava borbulhante.

Parecia uma cena produzida por um estúdio de efeitos especiais em Hollywood. Em setembro de 2005, pastores afares do norte da Etiópia viram, estarrecidos, a terra abrir um bocejo e engolir suas cabras e seus camelos. Pedaços de obsidiana irromperam de cavernas e voaram pelos ares, “como enormes pássaros pretos”, disse uma testemunha. Por três dias, uma encrespada nuvem de cinzas obscureceu o sol durante a erupção do maior vulcão da região, o Erta Ale – “Montanha Fumacenta”, na língua afar.
O que desencadeou esses eventos assustadores? Quilômetros abaixo da superfície, um colossal arroto de magma subira por entre duas placas tectônicas. Na superfície, centenas de fissuras abriram-se ao longo de 60 quilômetros de deserto e engoliram os pobres animais. Outros sismos menores abalaram a área nos anos seguintes.
A depressão de Afar, na África, é uma das regiões mais hiperativas do mundo em termos geológicos. Para quem a sobrevoa de avião, ou em um paraglider motorizado, como fez inúmeras vezes o fotógrafo George Steinmetz, ela pode parecer imóvel como o gelo no Ártico. Mas a fachada atemporal de Afar esconde sua real natureza. Sob a superfície, a casca rochosa da Terra está se rasgando, e câmaras subterrâneas de magma alimentam 12 vulcões ativos, além de gêiseres, caldeiras borbulhantes e um revolto lago de lava.
Os terremotos de 2005 e os sacolejos subsequentes são os mais recentes de uma longa série de abalos sísmicos iniciados há 30 milhões de anos, quando o magma subiu pela crosta terrestre e começou a separar a península Arábica da África, criando o mar Vermelho e o golfo de Áden. Depois de aflorar, o magma resfria, torna-se mais denso e afunda. Algumas partes de Afar agora se encontram mais de 150 metros abaixo do nível do mar.
Por estar tão baixa, a depressão de Afar foi muitas vezes inundada pelo mar Vermelho; a última vez em que isso ocorreu foi há 30 mil anos. Depois de cada incursão, a água marinha evapora e deixa grossas camadas de sal. Esse “ouro branco” tem sido uma importante fonte de renda para os afares, que permanecem leais à sua terra de extremos, apesar de temperaturas que no verão podem superar os 49°C.
Cientistas enfrentam o deserto por outra razão. Afar é um dos poucos lugares da Terra em que uma dorsal submarina – uma saliente linha de junção por onde o magma verte e forma o novo assoalho oceânico – emerge no solo. Para os estudiosos da Terra, é uma rara chance de investigar processos geológicos que, via de regra, acontecem muito abaixo da superfície do oceano.
Com tempo suficiente – no mínimo vários milhões de anos –, esses processos geológicos produzirão mudanças drásticas na geografia da África: a depressão de Afar e todo o Grande Vale Rift serão o berço de um mar que ligará o Vermelho ao oceano Índico e separará o Chifre da África do continente.
Enxofre e algas criam fontes termais de cores vivas. A água é a condensação de gases quentes que emanam de câmaras de magma. Quando evapora, sais e minerais formam uma crosta
Um lago de lava borbulha no topo do ativo vulcão Erta Ale
A água subterrânea ferve e sobe, em forma de vapor, no campo de gêisers a nordeste do lago Abble
Em uma cena bíblica, caravanas chegam às minas de sal do lago Asele, 116 metros abaixo do nível do mar. Por séculos, blocos de sal chamados amole foram usados como dinheiro em toda a Etiópia
Parapeitos de sal, lama e potassa, alguns com 25 metros de altura, erguem-se em um labirinto de cânions e penhascos no flanco da montanha Dallol. As formas tortuosas são produtos de tempestades e enchentes repentinas
Esculpidas por ventos que sopram sempre de leste para oeste, dunas de areia conhecidas como barchansmigram por um antigo assoalho oceânico, alcançando até 2 metros de altura e de 6 a 9 metros de largura
Antigos rios de lava lembram vertebras de um animal fossilizado

Fonte: 
http://viajeaqui.abril.com.br/

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Reino Unido não concederá salvo-conduto a Assange

O secretário de Exterior do Reino Unido, William Hague, assegurou nesta quinta-feira que não concederá salvo-conduto para que o fundador e editor-chefe do site de vazamento de informações secretas WikiLeaks, o jornalista australiano Julian Assange, deixe o país com destino ao Equador.
Julian Assange, em foto de arquivo, diatne da Suprema Corte em Londres, em fevereiro deste ano. 
Hague disse que o Reino Unido não concederia o salvo-conduto porque "não há base legal para que o façamos". O chanceler britânico insistiu em que Assange é procurado pela Suécia para responder por "sérios crimes sexuais".
O secretário de Exterior negou que o Reino Unido tenha aprovado a extradição de Assange para a Suécia por causa das atividades do WikiLeaks ou por pressões pelo fato de o site ter publicado segredos diplomáticos dos Estados Unidos.
Mais cedo, O governo do Equador anunciou que concederá asilo político a Assange. Ele está refugiado na embaixada equatoriana em Londres há oito semanas, desde que perdeu uma disputa jurídica para evitar ser extraditado para a Suécia, onde é procurado para responder por acusações de estupro. As informações são da Associated Press.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

RNP e Telebras assinam acordo


A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Telebras assinaram ontem (28/6) o segundo plano de trabalho para o compartilhamento de infraestrutura óptica, levando internet de alta velocidade às universidades, centros de pesquisa e institutos federais de educação de todo o país.
Com o acordo, a RNP cederá a sua rede metropolitana para a Telebras e, em contrapartida, receberá conexão de alta velocidade do backbone nacional da empresa. Atualmente a RNP interliga cerca de 800 organizações usuárias, entre universidades, institutos federais, hospitais de ensino e museus através de Pontos de Presença (PoPs) Estaduais.
Além disso, o acordo permitirá a expansão da cobertura da Telebras e irá acelerar a implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

Governo boliviano esclarece que não pensa em legalizar consumo de maconha


La Paz, 14 ago (EFE).- O governo da Bolívia afirmou nesta terça-feira que não considera a possibilidade de legalizar o consumo de maconha como no Uruguai - onde se analisa tal possibilidade como alternativa diante do fracasso da luta contra o narcotráfico.
A ministra de Comunicação, Amanda Davila, disse em entrevista coletiva que 'em nenhum momento' o governo do presidente Evo Morales esteve 'pensando em legalizar o consumo de nenhum entorpecente nem nenhuma substância controlada'.
Amanda desmentiu uma versão jornalística que atribui a ela ter levantado a possibilidade de que Morales siga o exemplo do governo do Uruguai, presidido por José Mujica.
'Não falava da Bolívia, mas do Uruguai, que está avaliando a legalização da maconha como uma alternativa para enfrentar o grande problema das drogas, porque a luta contra o narcotráfico fracassou no mundo', explicou.
A ministra disse ainda que Morales afirmou não ter 'em absoluto' um projeto nesse sentido, apesar de reconhecer que é uma reflexão que atualmente os líderes do mundo fazem.
A lei boliviana do Regime da Coca e Substâncias Controladas proíbe a produção, o tráfico e o consumo de maconha e pune com as mesmas penas que as outras drogas.
O cultivo da erva é punido com uma pena de um a três anos de prisão, seu processamento com cinco a 15 anos e seu tráfico, com dez a 25 anos.
O consumo de maconha não dá prisão, mas os usuários 'comprovados' são enviados a centros de reabilitação.
Entre janeiro e julho deste ano a força antinarcóticos boliviana confiscou 387,7 toneladas de maconha.
Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

Ex-fazenda nazista é parcialmente demolida


SOROCABA - A Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo registrou boletim de ocorrência após constatar a destruição parcial da antiga Fazenda Cruzeiro do Sul, no município de Paranapanema, sudoeste do Estado de São Paulo. No local funcionou uma colônia nazista na década de 1930.
Os técnicos da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico constataram o fato no dia 9, durante uma vistoria. O conjunto da fazenda encontra-se em estudo de tombamento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e não poderia ter sofrido nenhuma intervenção. Em abril deste ano, reportagem do Estado havia alertado para a intenção dos adquirentes da propriedade de demolir as instalações.
Após a publicação, o Condephaat notificou os proprietários sobre o processo de tombamento, mas a determinação para preservar o local não foi cumprida. Conforme relata o boletim de ocorrência, um antigo armazém foi totalmente destruído, enquanto um edifício identificado como curral teve a estrutura do telhado e as paredes demolidas.
Há indícios de que não foi uma destruição causada por chuva ou vento, mas provocada por ação humana. Ainda segundo o registro, os tijolos que exibem a inscrição da suástica nazista foram encontrados partidos ao meio, alguns deles alinhados em pilha, de modo organizado, enquanto outros, com inscrições diversas, estavam íntegros.
A Polícia Civil vai investigar quem fez ou autorizou a demolição. Os proprietários, que compraram a fazenda no início do ano para plantar cana, serão ouvidos. Eles não foram encontrados nesta terça-feira, 14, pela reportagem.
O caso também será encaminhado à Procuradoria Geral do Estado para providências judiciais. De acordo com pesquisadores, a fazenda foi palco de um esquema escravista nos anos 1930.
A fazenda foi comprada no início do século passado por Luis Rocha de Miranda, simpatizante do movimento fascista Ação Integralista Brasileira (AIB). A propriedade tinha geradores de energia elétrica, pista de pouso cimentada, uma estação de trens particular e silos aéreos importados dos Estados Unidos.
Orfanato. Simpatizantes de Adolf Hitler, que ascendeu ao poder na Alemanha em 1933, os donos da propriedade trouxeram 50 meninos de um orfanato carioca para viver e trabalhar na fazenda. Os garotos tiveram os nomes trocados por números e eram obrigados a participar de ritos nazistas, além de receber castigos físicos e trabalhar em troca de roupa e comida.
Em 1937, após a instalação do Estado Novo por Getúlio Vargas, as crianças foram libertadas e as marcas do nazismo no local terminaram apagadas. Nos anos 1960, a fazenda foi adquirida pelo alemão Amdt Von Bohlen und Halbach como local de férias para a família.
Os tijolos com a suástica só foram notados duas décadas depois, quando o ex-proprietário José Antonio Rosa Maciel descobriu o material quando demolia uma granja de porcos.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mídia da Arábia Saudita ignora histórico Jogos Olímpicos de atletas mulheres

*Por Martin Rogers, especial para o Yahoo! Esportes*
LONDRES - As duas históricas atletas que se tornaram as primeiras mulheres da história a representar a Arábia Saudita em Jogos Olímpicos têm sido ignoradas pela mídia do país e expostas a uma campanha de ódio.
Sarah Attar correu nos 800 metros na pista do Estádio Olímpico e Wojdan Shaherkani competiu no judô nos Jogos, depois que o governo saudita aliviou a postura sobre mulheres competirem no esporte, pressionado pela comunidade internacional. Attar terminou em último em sua eliminatória e Shaherkani perdeu em sua primeira luta, mas as duas receberam enorme destaque mundo afora. No entanto, na Arábia Saudita, a abordagem foi bem diferente.
"Nós fomos o único jornal a escrever sobre isso", disse Hahled Al-Maeena, editor da "Saudi Gazette", publicação em inglês, por telefone, ao Yahoo! Esportes EUA. "Eu acredito que essas meninas são heroínas, e nós deveríamos celebrar, como nação. Infelizmente, outras pessoas não acham isso".
Uma campanha ameaçadora no Twitter, com a hashtag "prostitutas das Olimpíadas", começou na Arábia Saudita e foi usada para criar um ódio sexista contra as atletas.
O pai da judoca Shaherkani foi tão bombardeado que entrou em contato com o ministro do interior do país para pedir uma ação contra aqueles que insultaram sua filha. Sob a lei saudita, a punição por insultar a honra e a integridade da mulher pode chegar a mais de 100 chicotadas.
Attar e Shaherkani foram adicionadas depois na delegação saudita e não tinham classificação para os Jogos, mas foram aceitas nas modalidades em Londres sob uma regra do Comitê Olímpico Internacional, que procura estimular a participação de atletas de países restritos.
Ainda que forçadas a serem acompanhadas pelos seus parceiros na Cerimônia de Abertura, a presença das atletas foi vista como um passo na direção certa pelos direitos das mulheres, em um país onde lhes são negados muitos dos direitos humanos básicos em outras nações.
Porém, há um ceticismo sobre as verdadeiras razões da decisão em permitir Attar, uma saudita-americana que estudou na Universidade de Pepperdine, e Shaherkani competir.
"Eles permitiram a elas competirem por uma única razão. Se você não envia mulheres, então, no futuro, a seu país não será permitido participar (nos Jogos). Foi uma coisa maravilhosa de ver as meninas participarem, e motivo de orgulho para muitas pessoas, mas houve um motivo para isso acontecer. Eu acredito na livre imprensa, mas houve um fator político usado e isso foi triste", disse Al-Maeena
A "Saudi Gazette" recebeu críticas de extremistas por exaltar as atletas. Ao mesmo tempo, todo jornal de língua árabe dedicou extensa cobertura à medalha de bronze conquistada pelo time saudita do adestramento, no hipismo, liderado pelo Príncipe Abdullah al Saud.
Attar e Shaherkani não falaram com os repórteres depois de suas disputas nas Olimpíadas. Espera-se que as participações delas possa pavimentar o caminho para mais atletas de países como a Arábia Saudita, Qatar e Brunei, as três únicas nações a não mandarem mulheres em Pequim, quatro anos atrás. Os três tiveram atletas mulheres nestes Jogos.
Porém, ainda existem certas restrições culturais em lugares como a Arábia Saudita que podem atrapalhar no progresso de atletas mulheres. A filha de Al-Maeena, Lina, fundou um time de basquete que viajou para a Jordânia para competir, mas têm recebido muitas críticas pesadas.
"Não é fácil para uma mulher praticar esporte", disse Lina Al-Maeena, que pediu ao COI para que seu time representasse a Arábia Saudita em Londres, mas foi rejeitada.
"Os extremistas disseram que nos não estávamos agindo como mulheres deveriam agir, que éramos erradas, imorais e desrespeitosas. Nós só queremos jogar o esporte que amamos e possibilitar a outras mulheres a competirem. Os extremistas têm sua própria visão e é muito difícil mudar a sua visão".
O representant do Comitê Olímpico da Arábia Saudita não respondeu às perguntas enviadas na sexta-feira, sobre Attar e Shaherkani.
* Texto adaptado por Fernando Mello Figueiredo

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sobe preço de Alimentos


Rio -  Os alimentos foram os principais responsáveis pela alta da inflação em julho. Segundo o IBGE , elevação do IPCA foi de 0,43%. O índice é o indicador oficial de inflação do País. A variação de preços chegou a mexer com o hábito de consumo dos cariocas, uma vez que no Rio, o tomate teve variação de preço de 94,18% no mês passado. Itens como cenoura (17,81%), alho (12,27%), feijão (6,12%), hortaliças (4,68%) e o pão francês (1,78%) também encareceram a cesta básica.
A alta de preços fez o gerente de um supermercado no Centro da cidade, Tarcísio Freitas da Silva, parar até de comprar alguns produtos para vender, devido a queda da procura. “Tem sobrado tomate nas prateleiras e deixamos de comprar por uma semana, porque os fornecedores queriam cobrar R$ 110 numa caixa e o quilo sairia a R$ 8”, afirmou.
A taxa do IPCA do mês passado é superior à registrada em junho (0,08%). Já em julho de 2011 havia ficado em 0,16%. No ano, a inflação oficial acumula taxa de 2,76%. Em 12 meses chega a 5,2%, de acordo com o IBGE.
Nas feiras livres e nos supermercados da cidade, o preço da pera subiu 30% em consequência do fim da safra na Argentina. A tendência é que a fruta fique mais cara a partir da próxima semana, quando haverá mais escassez do produto.
Segundo o presidente da Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio (Acegri), Waldir Lemos, o morango e a laranja são as melhoras opções de compra momento. “O morango está no auge da safra, por isso está barato. A laranja entrou em declínio por conta da diminuição na exportação”, disse. 

Paraguai não vai continuar a 'ceder' energia ao Brasil, diz presidente Franco

País negocia maior parte da produção de energia de Itaipu por preços considerados menores em relação aos praticados no mercado.

O Paraguai não pretende fornecer mais energia barata a seus vizinhos Argentina e Brasil, com os quais compartilha a operação de hidrelétricas, já que o governo quer levar adiante uma política que estimule o uso dessa energia no próprio país, disse o presidente do Paraguai, Federico Franco, nesta quarta-feira.
O Paraguai é sócio do Brasil em Itaipu, uma das centrais hídricas mais potentes do mundo, e da Argentina em Yacyretá -- mas fornece a maior parte da produção de energia de ambas empresas a seus vizinhos por preços considerados menores em relação aos praticados no mercado, segundo estabelecem os acordos bilaterais.
Franco, que assumiu a presidência do Paraguai há pouco mais de um mês substituindo o destituído Fernando Lugo, disse que o Paraguai tem 85%do faturamento de energia baseado nas hidrelétricas, mas consome somente 15%porque a maior parte é utilizada por seus vizinhos.
"Nós não estamos dispostos a seguir cedendo (...), porque o que estamos fazendo é ceder a energia a Brasil e Argentina, nem sequer estamos vendendo", disse Franco em um evento público, no qual apresentou um projeto de política energética.
"Devemos procurar trazer nossa energia de Itaipu e Yacyretá, criar indústrias para que haja trabalho para nossa gente (...) e para isso a única alternativa é criar condições de segurança para poder industrializar o país", acrescentou.

O governo deposto de Lugo conseguiu triplicar o montante do valor pago pelo Brasil pela eletricidade e um acordo para a construção de uma linha de transmissão de 500 quilovolts entre Itaipu e Assunção, para que o país utilize mais da energia que lhe cabe na usina.


Franco disse que este último projeto possibilitará a instalação de um maior número de indústrias, que igualmente deverão ser encorajadas por um preço mais conveniente de energia.


Pouco depois de assumir, o governo de Franco iniciou negociações com a multinacional Rio Tinto Alcan para a instalação de una fábrica de alumínio, que foram paradas por divergências sobre o preço da energia elétrica que seria fixada.
"Estamos castigando o setor que mais produz e como consequência brilha em toda São Paulo, Buenos Aires, e nós temos que andar no escuro no Paraguai. Não tem sentido isso, temos que mudar", disse o presidente em apresentação de um anteprojeto de lei de política energética.
Argentina e Brasil são os maiores integrantes do Mercosul, que suspendeu o Paraguai do grupo diante da destituição de Lugo, por considerar que houve uma quebra do sistema democrático no país.


(Reportagem de Daniela Desantis)

Aumento da Pena para o Tráfico de Crack


Câmara dos Deputados aprova projeto que aumenta pena para o tráfico de crack.
Projeto altera a lei que instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas aumentando de dois terços até o dobro se a substância entorpecente for o crack.

Em sessão relâmpago, o plenário da Câmara aprovou três projetos em votações simbólicas que não levaram nem dez minutos. O primeiro projeto aprovado aumenta a pena de tráfico de drogas quando o produto é o crack. O projeto altera a lei que instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), aumentando "de dois terços até o dobro se a substância entorpecente for o cloridrato de cocaína de pedra".
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), autor do projeto, afirmou que está comprovado que o crack provoca danos psicológicos, neurológicos e físicos a partir da primeira vez em que é consumido. "A pena tem de ser proporcional ao efeito causado pela droga. O crack é quase um veneno", disse Pimenta.
O segundo projeto aprovado aumenta em dobro a pena do crime de venda ou fornecimento de produtos com componentes que causam dependência física e química (pena prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente de seis meses a dois anos), quando ficar comprovado que criança ou adolescente tenha utilizado o produto. O último projeto retira da Lei de Contravenção Penal a prática de vadiagem e de mendicância . Os três projetos seguem para votação pelos senadores.
A sessão extraordinária foi convocada após reunião de líderes em que ficou mantido o impasse em torno das medidas provisórias. Os deputados, governistas e de oposição, querem o cumprimento pelo governo do acordo de liberar recursos para obras nos municípios incluídos no Orçamento da União por meio de emendas parlamentares. Ou seja, apesar de estar mantido o impasse sobre a votação da agenda de interesse do governo - as MPs -, os deputados decidiram hoje votar três projetos de interesse dos próprios parlamentares.

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